Ex-diretor da Odebrecht relata doação de R$ 10 milhões ao PMDB
Antônio Cruz/ Agência Brasil - 12.05.2016
Ex-diretor da Odebrecht relata doação de R$ 10 milhões ao PMDB "via Eliseu Padilha", apontado como "preposto de Temer"

O ministro Eliseu Padilha estendeu sua licença médica, que se encerraria nesta segunda-feira (6),  e agora seu retorno à Casa Civil do governo Temer está previsto para ocorrer na próxima segunda-feira (13).

Eliseu Padilha foi submetido a uma cirurgia de próstata no último dia 27, durante o Carnaval, no hospital Moinhos de Vento, em Porto Alegre. De acordo com a assessoria do ministro, há a expectativa de que ele receba alta entre hoje e amanhã (7). O ministro dará continuidade ao processo de recuperação em sua casa, na capital gaúcha.

Segundo assessores, o quadro de saúde de Padilha é estável e ele se recupera bem do procedimento cirúrgico. No entanto, em função de sua idade – 71 anos – seu médico achou por bem adiar para o dia 13 o retorno ao trabalho. Em setembro último, o ministro foi internado por problemas de pressão arterial.

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Mar de acusações

De atestado médico desde o dia 20, Padilha é alvo de uma representação do PSOL na Procuradoria-Geral da República , que pode abrir um inquérito para apurar denúncias contra o chefe da Casa Civil de Temer.

No fim do mês passado, o ex-assessor de Temer José Yunes relatou que recebeu um pacote  em seu escritório a pedido de Padilha, no fim de 2014. Esse pacote posteriormente foi retirado pelo lobista Lúcio Funaro, apontado pelos procuradores da Lava Jato como operador de propinas do ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha.

A versão coincide com fatos narrados pelo ex-diretor de Relações Institucionais da Odebrecht Cláudio Melo Filho. Em depoimento prestado no acordo de delação premiada com o Ministério Público Federal, Melo Filho diz que a construtora repassou R$ 10 milhões para campanhas do PMDB em 2014 "via Padilha", que é apontado por ele como "preposto de Temer".

Procurada pela reportagem do iG à época dos fatos, a assessoria de Eliseu Padilha informou que o ministro não iria comentar as denúncias envolvendo seu nome.

*Com informações da Agência Brasil

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