Lava Jato: Pezão e representantes de empreiteiras teriam combinado doação de R$ 500 mil para o diretório do PMDB
Valter Campanato/Agência Brasil - 26.1.2017
Lava Jato: Pezão e representantes de empreiteiras teriam combinado doação de R$ 500 mil para o diretório do PMDB

A Procuradoria-Geral da República (PGR) pediu nesta quinta-feira (9) ao Superior Tribunal de Justiça (STJ) o arquivamento do inquérito no qual o governador do Rio de Janeiro, Luiz Fernando Pezão, é acusado dos crimes de corrupção e lavagem de dinheiro na Operação Lava Jato. De acordo com a procuradoria, não há provas que justifiquem a continuidade das investigações.

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No pedido enviado ao STJ, o vice-procurador da República José Bonifácio de Andrada, argumenta que o indício de participação de Pezão em uma reunião na qual teria ocorrido uma suposta solicitação de dinheiro para campanha não é suficiente para sustentar uma imputação penal contra o governador. De acordo com as investigações, os recursos teriam sido desviados da construção do Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj), uma das obras da Petrobras investigadas na Lava Jato .

Segundo o processo, Paulo Roberto Costa, ex-diretor da Petrobras e um dos delatores da operação, relatou uma reunião, realizada durante a campanha eleitoral de 2010, quando Pezão concorreu como vice do ex-governador Sérgio Cabral. No encontro, Pezão e representantes de empreiteiras teriam combinado doação de R$ 500 mil para o diretório estadual do PMDB no Rio.

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No mesmo parecer, a PGR pediu que acusações contra Sérgio Cabral sejam conduzidas pelo juiz Sergio Moro, da Justiça Federal em Curitiba.

Sérgio Cabral

Na quarta-feira (8), o ex-governador do Rio de Janeiro Sérgio Cabral foi denunciado pela sexta vez pelo Ministério Público Federal do estado. As acusações apresentadas à 7ª Vara Federal incluem 25 crimes de evasão de divisas, 30 de lavagem de dinheiro e nove de corrupção passiva. Só em fevereiro deste ano, Cabral foi acusado pelo MPF de cometer 332 crimes de lavagem de dinheiro .

Além de Sérgio Cabral, também foram denunciados pelo MPF por crimes de evasão de divisas, lavagem de dinheiro, corrupção passiva e pertencimento à organização criminosa: Carlos Miranda, Wilson Carlos, Sérgio Castro de Oliveira, Vinicius Claret, também conhecido por Juca Bala, Claudio de Souza, conhecido como Tony ou Peter e Timothy Scorah Lynn.

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O ex-governador, que é réu em três processos da Operação Lava Jato, foi preso no dia 17 de novembro, sob a acusação de receber mais de R$ 220 milhões em propinas para fechar contratos públicos com empreiteiras e construtoras. Ele foi levado para o Complexo Penitenciário de Gericinó, em Bangu, na zona oeste do Rio de Janeiro, mas será transferido para o antigo Batalhão Especial Prisional da Polícia Militar (PM), no bairro de Benfica. 

* Com informações da Agência Brasil 

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