Empresário Fernando Cavendish chegou a ser preso em Bangu no ano passado, mas foi solto após uma liminar
Antonio Augusto/Agência Câmara
Empresário Fernando Cavendish chegou a ser preso em Bangu no ano passado, mas foi solto após uma liminar

O empresário Fernando Cavendish, ex-proprietário da Construtora Delta, se tornou réu em mais uma ação judicial decorrente das investigações da Operação Lava Jato. O juiz Marcelo Bretas, da 7ª Vara Federal Criminal do Rio de Janeiro, aceitou denúncia contra ele e mais cinco pessoas na ação que apura superfaturamento na obra de ampliação da Marginal Tietê, na capital paulista.

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Originalmente, a denúncia foi apresentada à 14ª Vara Criminal da Comarca da Capital de São Paulo. Entretanto, em julho do ano passado, Cavendish foi preso durante a Operação Saqueador, executada pelo Ministério Público Federal no Rio de Janeiro. As ações são desdobramentos da Operação Lava Jato. Ele foi levado para o presídio de segurança máxima Bangu 8, no Complexo de Gericinó, zona oeste do Rio, mas foi solto cerca de um mês depois por efeito de uma liminar.

A denúncia dá conta de que o a obra, cujo curto total foi de R$ 360 milhões, teve um superfaturamento de R$ 71,6 milhões. Os valores foram pagos pela estatal Dersa (Desenvolvimento Rodoviário S/A)  para o Consórcio Nova Tietê, liderado pela Delta . O valor inicial orçado era de R$ 287 milhões.

A defesa do empreiteiro não foi encontrada para comentar a decisão da Justiça . Os acusados deverão apresentar resposta à acusação no prazo de dez dias.

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De acordo com as investigações do Ministério Público Federal, o empresário participou de um esquema que desviou R$ 370 milhões de obras feitas pela Construtora Delta para 18 empresas fantasmas. As diligências mostraram que os valores eram sacados em dinheiro para impedir o rastreamento da propina entregue a agentes políticos. No mês passado, a 7ª Vara Federal Criminal começou a colher depoimentos de testemunhas de acusação no processo da Operação Saqueador.

José Dirceu

Assim como Cavendish, outro que recebeu uma decisão desfavorável na Lava Jato foi o ex-ministro da Casa Civil José Dirceu (PT). Ele foi condenado a 11 anos e três meses de prisão pelos crimes de corrupção e lavagem de dinheiro . Essa foi a segunda condenação do petistaem ações penais decorrentes da operação. As penas somadas já chegam a 32 anos e um mês de reclusão. Dirceu está preso desde agosto de 2015 e esse período de reclusão em caráter preventivo será descontado de sua pena.


* Com informações da Agência Brasil

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