O presidente Michel Temer (PMDB) finalmente fez sua escolha sobre quem comandará o Ministério da Justiça, caso Alexandre de Moraes realmente assuma uma cadeira como ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) e tenha que deixar a pasta definitivamente . O escolhido pelo peemedebista é Carlos Velloso, ex-ministro do STF.
O magistrado foi indicado pelo PSDB, principal aliado da gestão Temer , e, de acordo com análise da Folha de S.Paulo , contempla o perfil "inquestionável" buscado. Ou seja, um nome que não passe a mensagem pública de que há uma tentativa do governo de interferir no andamento da Lava Jato.
Além disso, a escolha de Velloso ajudaria a unir de uma vez os tucanos ao governo federal.
O nome, apesar de definido, pode ser alterado caso apareça alguma polêmica ou denúncia envolvendo o ministro.
Velloso já demonstrou disposição de assumir o cargo, no entanto, disse que daria tal resposta ao presidente até o fim de semana.
Caso ele recue, Temer avalia o nome do vice-procurador-geral da República, José Bonifácio de Andrada. Nesta quarta (15), o presidente se encontrou com o procurador-geral da República, Rodrigo Janot para avaliar a hipótese.
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Velloso, no entanto, só deve tomar posse após a aprovação do nome de Alexandre de Moraes para o STF pelo plenário do Senado Federal. A expectativa do governo é que isso ocorra já na semana que vem.
Sabatina de Moraes
Alexandre de Moraes, indicado pelo presidente para assumir uma vaga no Supremo Tribunal Federal (STF), será sabatinado no Senado na próxima terça-feira (21). A data foi definida na manhã da última terça (14), logo após a leitura do parecer do senador Eduardo Braga (PMDB-AM), relator do processo na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ).
A data da sabatina que visa avaliar o candidato à vaga deixada por Teori Zavascki no STF foi definida após o vice-presidente da comissão, senador Antonio Anastasia (PSDB-MG), acatar questão de ordem apresentada por Randolfe Rodrigues (Rede Sustentabilidade-AP).
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O senador alegava que era necessário o intervalo de cinco dias úteis entre a apresentação do parecer do relator e a realização da sabatina. Já a base do governo Temer entendia que o prazo de cinco dias começava a contar a partir da leitura da indicação de Alexandre de Moraes, o que ocorreu na semana passada. Caso esse entendimento prevalecesse, a sabatina poderia ser realizada ainda nesta semana.