Prestação de contas da chapa de Dilma Rousseff e Michel Temer está sob análise do Tribunal Superior Eleitoral
José Cruz/Agência Brasil - 1.6.2011
Prestação de contas da chapa de Dilma Rousseff e Michel Temer está sob análise do Tribunal Superior Eleitoral

 O depoimento dos proprietários de duas gráficas suspeitas de receber pagamentos ilícitos por serviços prestados à chapa Dilma-Temer nas eleições de 2014 foi marcado para 20 de fevereiro pelo TSE (Tribunal Superior Eleitoral). As oitivas fazem parte do processo no qual o PSDB pediu a cassação da chapa.

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Os empresários Rodrigo Zanardo e Rogério Zanardo, da Rede Seg Gráfica, e Carlos Cortegoso, ligado à Focal Comunicação Visual serão ouvidos na sede da Justiça Eleitoral de São Paulo. Segundo relatório da PF (Polícia Federal), também há suspeita de pagamento irregular à gráfica VTPB Serviços Gráficos e Mídia.

Em dezembro, a PF cumpriu diligências em 20 endereços ligados às gráficas nos estados de São Paulo, Minas Gerais e Santa Catarina, com o objetivo de obter possíveis provas.

A campanha da ex-presidente Dilma Rousseff nega qualquer irregularidade e afirma ainda que todo o processo de contratação das empresas e de distribuição dos produtos foi documentado e monitorado.

No início do mês, a defesa do presidente Michel Temer sustentou no TSE que a campanha eleitoral do PMDB não tem relação com os pagamentos suspeitos. De acordo com os advogados, não se tem conhecimento de qualquer irregularidade no pagamento dos serviços.  Flávio Caetano, advogado de Dilma, entretanto, afirmou que "não existe uma campanha só de Dilma ou só de Temer".

Entenda o caso

As contas da campanha da chapa foram aprovadas com ressalvas em dezembro de 2014. Entretanto, o processo foi reaberto porque o PSDB questionou a decisão, mesmo ela tendo sido unânime.  O partido acredita que há irregularidades nas prestações de contas apresentadas.

Gustavo Bonini Guedes, advogado do presidente Michel Temer, afirma que o PMDB e seu cliente não tiveram responsabilidade na contratação das gráficas. “Não tem o domínio do fato, não sabem quem são essas gráficas, não acompanharam, não contrataram, não discutiram, não avalizaram. Não temos como contraditar esses fatos. Na nossa avaliação, é uma situação que deve ser apurada em outra esfera, a criminal”, declarou.

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Ao comparecer ao Tribunal Regional Eleitoral em São Paulo para acompanhar o depoimento de testemunhas na ação nesta quarta, o advogado Flávio Caetano afirmou, entretanto, que não há como desassociar as campanhas. "É uma afirmação [da defesa de Temer] completamente errada. Temer não teve nenhum voto desacompanhado de Dilma."

O advogado da petista disse ainda que, tanto a perícia contábil quanto o relatório da Polícia Federal, “não consideraram elementos essenciais no trabalho de investigação, principalmente documentos fiscais de conhecimento de transporte, que demonstraram claramente que todo o material produzido pelas três gráficas periciadas foram produzidos e entregues à campanha de Dilma e Temer”.

*Com informações da Agência Brasil

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