Segundo advogado, apesar de ter o direito de ficar calado, Eduardo Cunha falará nesta terça-feira a Sérgio Moro
José Cruz/Agência Brasil - 13.09.2016
Segundo advogado, apesar de ter o direito de ficar calado, Eduardo Cunha falará nesta terça-feira a Sérgio Moro

O ex-presidente da Câmara dos Deputados Eduardo Cunha será interrogado às 15h desta terça-feira (7), pela primeira vez, pelo juiz federal Sérgio Moro, no processo em que é réu na Operação Lava Jato.

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Eduardo Cunha , que está preso preventivamente desde o dia 19 de outubro, é acusado de receber propina no valor de R$ 5 milhões em contrato para a compra de um campo de petróleo pela Petrobras em Benin, na África, e de usar contas na Suíça para lavar o dinheiro. 

De acordo com o advogado de Cunha, Marlus Arns de Oliveira, apesar de ter o direito de ficar calado, o deputado cassado falará. “É um interrogatório em que ele não deve permanecer em silêncio. Ele vai responder às questões que serão formuladas. Temos trabalhado cotidianamente o preparo das resposta às acusações que lhe foram imputadas.”

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O defensor afirma também que não há, por enquanto, previsão de delação premiada. “Não há nenhuma sinalização relativa à colaboração premiada. Não se tratou dessa questão entre cliente e advogados, tampouco se tratou dessa questão com o Ministério Público. Então, não há tratativa referente à colaboração premiada” dele.

Prisão de Eduardo Cunha

O deputado cassado está preso preventivamente desde o dia 19 de outubro. De acordo com o Ministério Público Federal, a prisão preventiva se justifica porque há evidências de que o ex-deputado tem contas no exterior que ainda não foram identificadas, o que poderia colocar em risco as investigações.

Eduardo Cunha está preso preventivamente desde outubro do ano passado porque ele tem contas no exterior que ainda não foram identificadas
Agência Brasil - 19.10.2016
Eduardo Cunha está preso preventivamente desde outubro do ano passado porque ele tem contas no exterior que ainda não foram identificadas

Os procuradores também alegam que ele tem dupla nacionalidade – brasileira e italiana - e que poderia fugir do País.

O ex-presidente da Câmara dos Deputados ficou na carceragem da Polícia Federal em Curitiba, mas em dezembro foi transferido para o Complexo Médico Penal, na região metropolitana da capital paranaense.

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O processo contra ele foi aberto pelo Supremo Tribunal Federal, mas após a cassação do mandato, ele perdeu o foro privilegiado e a ação foi encaminhada a Sérgio Moro. Após a prisão, a defesa de Eduardo Cunha negou que ele tenha praticado qualquer conduta ilegal.

* Com informações da Agência Brasil.

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