O presidente Michel Temer ainda não se pronunciou oficialmente ou pessoalmente sobre a tragédia no presídio de Manaus, em que ao menos 56 presidiários foram mortos no último domingo (1º). Coube ao Ministério da Justiça o posicionamento do governo federal sobre o caso e, após a visita do ministro Alexandre de Moraes, a discussão sobre o presídio em Manaus deve ser realizada durante uma reunião marcada entre Temer e ministros da área de segurança nesta quinta-feira (5).
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Porém, de acordo com o Palácio do Planalto, o encontro não foi marcado às pressas em função do massacre que matou ao menos 56 presidiários na penitenciária amazonense, mas sim representa a retomada das reuniões de Temer
com diferentes setores do governo, a exemplo dos núcleos econômico e de infraestrutura. Nesta quinta, o encontro acontece com o núcleo institucional do governo que discutirá, entre outros temas, questões de segurança e de defesa do País.
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Participam da reunião desta quinta os ministros da Defesa, Raul Jungmann, do Gabinete de Segurança Institucional, Sérgio Etchegoyen, das Relações Exteriores, José Serra, da Transparência, Fiscalização e Controle, Torquato Jardim, além do próprio Moraes. Também fazem parte do núcleo a advogada-geral da União, Grace Mendonça, e o ministro do Planejamento, Dyogo Oliveira. Criado em junho de 2016, o núcleo institucional discutiu, na época, a segurança e os preparativos dos Jogos Olímpicos.
Rebelião e mortes
No fim da manhã desta quarta-feira (4), o ministro Alexandre de Moraes foi recebido pelo presidente do Palácio do Planalto pela primeira vez depois de estourar a rebelião no Complexo Penitenciário Anísio Teixeira (Compaj) no domingo (1º). Desde então, Moraes está em contato com Temer para atualização sobre a situação em Manaus.
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Também nesta quarta, o ministro de Temer se reuniu com a presidente do Supremo Tribunal Federal, ministra Carmén Lúcia. A rebelião que durou 17 horas entre domingo e segunda (2) no Compaj resultou na morte de 56 pessoas, no segundo maior massacre em presídios brasileiros, atrás somente de Carandiru, em 1992. Outros quatro presos morreram na Unidade Prisional de Puraquequara, também em Manaus. O motim teve como consequência a fuga de 184 presos. Desses, 63 já foram recapturados, segundo a SSP.
*Com informações da Agência Brasil