Uma força-tarefa da Secretaria da Segurança Pública apura o caso
Reprodução/TV Record
Uma força-tarefa da Secretaria da Segurança Pública apura o caso


Antônio Vinicius Gritzbach , empresário e delator do PCC (Primeiro Comando da Capital), foi executado com dez tiros de fuzil no Aeroporto Internacional de Guarulhos em 8 de novembro de 2024. Ele retornava de Alagoas acompanhado da namorada, Maria Helena Paiva Antunes , que deu detalhes sobre o episódio em entrevista à TV Record.

A execução ocorreu na área de desembarque, onde deveria ser recepcionado por quatro seguranças, mas apenas um estava presente. Gritzbach, que havia feito denúncias contra policiais por corrupção no final de outubro, recebeu joias avaliadas em cerca de R$ 1 milhão como pagamento de uma dívida antes de sua morte.

Segundo Maria Helena, as joias foram buscadas por dois seguranças do empresário em Maceió. Ela relatou desconhecer os detalhes sobre as peças, que foram apreendidas pela polícia. 

Imagens de segurança mostram seguranças atrás de Gritzbach no momento da execução. O crime é investigado como resultado de um possível desacordo com membros da Polícia Civil e suposta participação do PCC. 

Uma força-tarefa da Secretaria da Segurança Pública apura o caso, com mandados de busca, apreensão e prisão sendo cumpridos no dia 22 de novembro.

Quatro policiais militares e outros quatro seguranças foram afastados das atividades operacionais. Celulares dos envolvidos e de Maria Helena foram apreendidos para análise. 

As investigações apontam para a possibilidade de agentes terem exposto Gritzbach intencionalmente. O envolvimento do PCC e de policiais corruptos segue sob análise. Dois suspeitos já identificados, Kauê do Amaral Coelho e Matheus Augusto de Castro Mota, são alvos da apuração. 


Revelações da namorada

Em entrevista ao programa Domingo Espetacular, da TV Record, Maria Helena relatou sua apreensão nos dias que antecederam o crime. “Eu ficava olhando para os lados. Estava com muito medo. Contei para ele. Mas ele dizia que estava tudo bem e que não ia acontecer nada”, afirmou. 

Ela também destacou a possibilidade de as joias recebidas por Gritzbach terem permitido o monitoramento de sua localização. “A partir do momento que descobrirem quem entregou essas joias, eles podem ter uma resposta mais certeira”, declarou. 

Maria ainda enfrentou críticas nas redes sociais, sendo acusada de reação fria no momento do crime. Sobre isso, afirmou: “Na hora, fiquei desesperada, andando igual ‘barata tonta’. Eu não sabia o que fazer. Esse erro custou a vida dele”.

A força-tarefa continua reunindo provas e testemunhos para elucidar o caso. A corregedoria das polícias Civil e Militar analisa a conduta dos agentes envolvidos. Maria Helena declarou que busca justiça para o namorado e pede proteção diante das ameaças recebidas após o crime. 

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