A Polícia Civil do Rio de Janeiro prendeu um homem suspeito de ser o operador financeiro da milícia chefiada por Danilo Dias Lima, o Tandera – uma das principais lideranças do crime no estado –, no final da tarde dessa terça-feira (24).
A prisão ocorreu em Ramos, bairro da zona norte do Rio, e foi realizada por uma ação conjunta entre agentes da Delegacia de Repressão às Ações Criminosas Organizadas e Inquéritos Especiais (Draco), Polinter, Delegacia de Repressão a Entorpecentes (DRE) e Coordenadoria de Recursos Especiais (Core).
No X (antigo Twitter), o governador Cláudio Castro (PL) comemorou a ação. “Acabamos de dar mais um golpe duro na milícia!”, escreveu. O homem preso é André Felipe Mendes, primo de Tandera, investigado pela Polícia Civil e pelo Ministério Público. No local, Mendes foi encontrado pela polícia com uma escopeta e munições.
"Contra ele havia um mandado de prisão expedido. Repito: Não vamos retroceder no combate a essas máfias que ousam aterrorizar a população", disse o governador.
Ônibus queimados na capital fluminense
Nessa segunda-feira (23), ao menos 35 ônibus e um trem foram incendiados no Rio de Janeiro como resposta à morte de Matheus da Silva Rezende, o Faustão, um dos líderes da maior milícia do estado. A situação deixou o trânsito caótico na zona oeste da cidade, com oito bairros afetados e um prejuízo financeiro de cerca de R$ 38 milhões.
Dos ônibus queimados, 20 pertencem a operação municipal, cinco do BRT e o restante de frotas de turismo e fretamento. Os veículos foram queimados pela milícia, como forma de represália à morte de Matheus Rezende – conhecido como Teteu e Faustão –, de 24 anos, sobrinho do miliciano Zinho.
Ele foi morto em uma operação da Polícia Civil na comunidade de Três Pontes. Em setembro, Zinho e mais cinco suspeitos foram denunciados pela morte do ex-vereador Jerônimo Guimarães, o Jerominho.