Fábio Nunes de Martino, novo juiz designado para assumir a 13ª Vara Federal Criminal de Curitiba, onde estão em andamento os processos restantes da Operação Lava Jato , chamou a atenção por sua participação em um manifesto de apoio ao ex-ministro da Justiça, Sergio Moro, durante o vazamento das polêmicas conversas entre Moro e o procurador Deltan Dallagnol, obtidas por hackers.
O manifesto, divulgado em 2019, defendia as mensagens como um exemplo de "diálogo republicano entre instituições" e argumentava que elas não comprometiam a imparcialidade de Moro.
Martino apoiou a convicção, junto a 270 magistrados, de que Moro sempre cumpriu seus deveres como magistrado e destaca também o imenso comprometimento e os riscos pessoais e familiares enfrentados por Moro durante sua atuação na Lava Jato.
“Acreditamos que, enquanto juiz, Sérgio Fernando Moro jamais se desviou dos deveres exigidos de um magistrado sério, alinhado com os princípios éticos, comprometido com a busca da verdade e aplicação da Justiça, com o império da lei, com imparcialidade, atuando no maior caso de corrupção conhecido no mundo, com imensa dedicação, sacrifício e se sujeitando a riscos pessoais e familiares de toda ordem”, disse o trecho da moção à época.
Antes de assumir a 13ª Vara, Martino ocupava o cargo de juiz na 1ª Vara Federal de Ponta Grossa. Ele substituirá a juíza Gabriela Hardt , tornando-se o quinto juiz a liderar a Lava Jato nessa vara desde a saída de Sergio Moro. Como substituto do novo titular, foi designado o juiz Murilo Scremin Czezacki, da 2ª Vara Federal de Cascavel.
Essa mudança ocorre em um momento delicado para a 13ª Vara de Curitiba, que está sendo submetida a uma inspeção extraordinária conduzida pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ), com o objetivo de garantir a transparência e a adequação dos procedimentos adotados no âmbito da operação.
Entre no canal do Último Segundo no Telegram e veja as principais notícias do dia no Brasil e no Mundo. Siga também o perfil geral do Portal iG.