Os pintores, que foram flagrados por câmeras de segurança do prédio onde Martha Maria Lopes Pontes e Alice Fernandes da Silva foram mortas
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Os pintores, que foram flagrados por câmeras de segurança do prédio onde Martha Maria Lopes Pontes e Alice Fernandes da Silva foram mortas

Dois pintores que recentemente realizaram um serviço no apartamento 1.202 do número 460 da Avenida Rui Barbosa, no Flamengo, na Zona Sul do Rio, são suspeitos da morte da aposentada Martha Maria Lopes Pontes, de 77 anos, e de sua diarista, Alice Fernandes da Silva, de 51 . De acordo com as investigações da Delegacia de Homicídios da Capital (DHC), os homens estiveram novamente no prédio de luxo, nesta quinta-feira, dia 9, e foram flagrados por câmeras de segurança do elevador do condomínio. As vítimas foram degoladas e a patroa chegou a ter o corpo carbonizado dentro do imóvel.

As imagens, obtidas com exclusividade pelo GLOBO, mostram os pintores às 13h34 dentro do elevador. Eles aparecem de máscaras, bonés e mochilas e carregam uma sacola plástica. Diligências estão sendo realizadas por agentes da especializada para se chegar a identidade dos homens. No fim desta manhã, os policiais retornaram ao prédio para buscar informações e testemunhas que levem à autoria e à motivação do crime.

Os cadáveres das duas mulheres foram localizados, por volta de 17h, por homens dos quartéis do Catete e do Humaitá do Corpo de Bombeiros. Eles foram acionados devido a um incêndio no apartamento onde estavam as vítimas. De acordo com o bombeiro hidráulico Diogo Felixberto Fernades da Silva, de 27 anos, filho de Alice, os pintores já haviam voltado ao apartamento outras vezes em busca de dinheiro, embora o serviço já tivesse sido quitado por Martha.

"O serviço foi feito e todo pago, mas eles estavam coagindo a dona Martha a dar mais dinheiro. A dona Eleonora, filha dela, contou que há 15 dias eles bateram lá contando uma história triste e querendo mais dinheiro. Em outro episódio, na última semana, eles foram lá novamente, desta vez só com a dona Marta, colocaram o pé na porta, a ameaçaram e a coagiram para levar mais dinheiro. Nesse dia, a minha mãe não estava lá" contou.


Segundo o jovem, a entrada dos pintores no edifício foi autorizada por Martha e Alice a funcionários da portaria, na tarde de ontem:


"Eu só peço que as autoridades prendam essas pessoas que fizeram essa maldade com a minha mãe e a dona Martha. Eram pessoas de bem. Eles fizeram uma maldade com duas mulheres indefesas. Que roubassem tudo do apartamento, mas que não tirassem a vida delas. A minha mãe tem seis netos e todos estão perguntando pela avó e não sabemos responder."

Durante a madrugada, testemunhas foram ouvidas da sede da DHC, na Barra da Tijuca, Zona Oeste da cidade.  Viúvo de Alice, o porteiro Hilário Rodrigues Leite, de 62 anos, acredita que a mulher tenha tentado defender a patroa de agressões e acabou morrendo.

"Acredito que ela foi tentar defender a dona Martha. Deixaram entrar: eles disseram que a dona Marta deixou entrar. Não se sabe. Disseram serem os pintores", disse, acrescentado que, pelo horário, já não era mais para ela estar no apartamento. "Ela saiu de casa às 6h, eu fiquei dormindo, porque era o horário normal. Ela saia sempre às 15h, quando eu passava lá. Mas, ontem, não sei o que aconteceu, não era para ela estar lá."

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