A Polícia Militar abriu uma investigação para apurar postagens em redes sociais atribuídas ao cabo Ronny Pessanha de Oliveira, que está preso por envolvimento com a milícia desde 8 de dezembro de 2020. Nas publicações, são feitos comentários acerca da ação que ocorreu durante o último fim de semana no Complexo do Salgueiro, em São Gonçalo, na Região Metropolitana do Rio, quando nove suspeitos foram mortos e tiveram seus corpos retirados de um mangue por moradores da localidade conhecida como Palmeiras.
Uma mensagem publicada no Facebook diz: “Fizemos uma baguncinha no Salgueiro” e traz uma imagem de uma caveira, supostamente em alusão ao Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope). Entre os comentários, estão frases como “Essa baguncinha aí foi de verdade”, “Em breve, vai superar a Core no Jacarezinho” e “Os caras da Civil são melhores de mira”. Nesse último, o perfil atribuído a Pessanha respondeu: “Calma! O dia ainda não acabou”.
Em outras publicações, pessoas também comentam: “Só acho que tinha que fazer uma faxina em Belford Roxo, os moradores da Vila Pauline iam amar” e “Só no aguardo de vocês baterem o recorde da Polícia Civil. O perfil atribuído a Pessanha respondeu: “Eu contei 23, mas podemos melhorar”. Em outra postagem, ele é chamado de “malvadão” por um internauta.
Em nota, a Polícia Militar informou que o cabo Ronny Pessanha de Oliveira está preso por força de um mandado de prisão expedido pela Justiça comum. “A 4a Delegacia de Polícia Judiciária Militar (DPJM) realizou revista em sua cela e nenhum aparelho celular foi encontrado. O fato foi submetido à Comissão Técnica de Classificação, procedimento próprio de unidades prisionais”, disse.