Em depoimento prestado à Delegacia Especial de Atendimento à Mulher de Águas Lindas (Deam), a jovem de 25 anos que afirma ter sido estuprada coletivamente durante uma festa em Águas Lindas de Goiás mudou sua versão dos fatos. A vítima disse, inicialmente, que teria sido violentada por seis homens e, durante a oitiva desta sexta-feira (15), diminuiu o número de agressores para cinco.
De acordo com apuração do portal Metrópoles , a jovem descartou a participação de Daniel Marques Dias, organizador da festa e irmão do policial militar do Distrito Federal Irineu Marques Dias , envolvido no crime. Os irmãos e mais um terceiro suspeito foram presos em flagrante e seguem à disposição da Justiça.
Segundo o jornal, um vídeo mostra Daniel completamente embriagado na manhã de sábado (9), quando os abusos teriam ocorrido. Testemunhas disseram que ele chegou a ficar desacordado. A gravação está sendo analisada pela polícia.
Laudo preliminar realizado pelo Instituto Médico Legal (IML) de Goiás não constatou lesões ou vestígios de ato libidinoso no corpo da vítima. A análise não detectou marcas de violência, mas isso não quer dizer que a mulher não tenha sofrido os abusos. "Atos libidinosos podem ocorrer sem deixar vestígios ou estes podem ser fugazes", afirma o documento.
Os investigadores aguardam a conclusão dos exames que buscam identificar a presença de esperma no corpo da jovem.
"Além da penetração, há como concretizar a violência na felação, ou até mesmo ao encostar nos seios ou órgãos sexuais da vítima. Ou seja, qualquer ato que satisfaça a libido. Mesmo que os exames laboratoriais não constatem a presença de sêmen, provas subjetivas ainda podem caracterizar o crime", explicou um perito ouvido pelo Metrópoles
.
Além disso, o estado de embriaguez da mulher pode ter feito com que ela ficasse vulnerável a ponto de não responder por suas ações e decisões, prevendo o crime de estupro de vulnerável.