O ex-garçom Glaidson Acácio dos Santos, de 38 anos, conhecido como "faraó dos bitcoins" , ficará em uma cela isolada na Cadeia Pública Joaquim Ferreira de Souza, no Complexo de Gericinó, no Rio de Janeiro. A decisão foi tomada pela Justiça Federal após ele ser pego com celulares e peças de picanha na prisão . Além disso, o corredor da cela em que ele ficará será monitorado por uma câmera.
Por meio de nota, a Secretaria de Administração Penitenciária (Seap) disse que "irá aguardar o recebimento da decisão oficial sobre o interno Glaidson Acácio dos Santos para o devido cumprimento". A Secretaria afirmou que o isolamento e o monitoramento do "faraó dos bitcoins" foram uma "determinação do secretário da pasta, Fernando Veloso".
A decisão de mudança de cela foi tomada após uma audiência realizada nessa quarta-feira (6), a pedido da defesa de Glaidson. O ex-garçom estava preso na unidade de segurança máxima de Bangu 1, desde o dia 28 de agosto. No local, a Corregedoria da Secretaria de Administração Penitenciária encontrou picanha, linguiça e quatro celulares próximo à cela em que Glaidson estava .
Após o ex-pastor e dois agentes penitenciários serem ouvidos, a juíza Rosália Monteiro Figueira, da 3ª Vara Federal Criminal, determinou o retorno de Glaidson para o presídio em que ele estava. De acordo com ela, não havia nada que comprovasse que os materiais eram dele.
Nessa terça, o Ministério Público Federal (MPF) denunciou por organização criminosa e crimes conta o sistema financeiro o dono da GAS Consultoria , sua mulher e sócia, a venezuelana Mirelis Yoseline Diaz Zerpa, que se encontra foragida, e outras 15 pessoas.
No último mês, o grupo foi denunciado pela Polícia Federal por crime contra o sistema financeiro nacional, lavagem de dinheiro e gestão temerária ou fraudulenta . A assessoria da GAS Consultoria confirmou a indiciamento do ex-pastor. Cinco suspeitos não foram denunciados.