O homem que atacou o Consulado-Geral da China, em Botafogo, na Zona Sul do Rio, usou um explosivo de fabricação caseira na ação, ocorrida na noite do último dia 16. A confirmação foi feita pela Polícia Civil, nesta segunda-feira, baseada em um laudo produzido por peritos do Instituto de Criminalística Carlos Éboli (ICE) e em informações prestadas por agentes do Esquadrão Antibomba.
O caso é investigado pela 10ªDP (Botafogo) que tenta identificar o responsável pelo ataque.
Câmeras de segurança do consulado registraram o ataque. Inicialmente, o homem caminha e para na calçada em frente ao local, na Rua Muniz Barreto. Em seguida, ele prepara o explosivo, lança-o contra o consulado e corre. O suspeito aparece nas imagens vestindo casaco, boné e máscara pretos. A explosão danificou apenas o portão do espaço e nao deixou vítimas.
O Consulado-Geral da China pediu uma investigação minuciosa sobre o ataque. Em um comunicado, publicado neste sábado, o órgão ainda pede que sejam tomadas medidas "para evitar que incidentes similares voltem a ocorrer" e punição do responsável.A nota do consulado caracterizou o ataque como "um grave ato de violência".
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Abaixo, a íntegra do documento.
"Mantendo estreita comunicação com as autoridades brasileiras, esta missão consular pede a investigação minuciosa sobre o ataque, a punição do culpado nos termos da lei e medidas cabíveis para evitar que incidentes similares voltem a ocorrer", diz trecho da nota, que segue:
"O desenvolvimento sem sobressalto das relações sino-brasileiras corresponde aos interesses essenciais dos dois países. Não terá sucesso qualquer conspiração de pouquíssimas pessoas em destruir a amizade China-Brasil. Esperamos e temos a convicção de que o governo brasileiro tomará medidas concretas para proteger esta missão consular e seu pessoal, como prevê a Convenção de Viena sobre Relações Consulares, garantindo a segurança e a integridade das instalações e de seu pessoal."