Presa como suspeita de ser mandante do assassinato do namorado , a empresária Anne Cipriano Frigo, de 46 anos, admitiu que soube do homicídio pouco depois do crime. Em depoimento à Polícia Civil de São Paulo, a socialite assumiu ter sido informada da morte de Vitor Lúcio Jacinto, de 42 anos, pelo autor confesso do delito, o corretor de imóveis Carlos Ribeiro de Souza, de 38 anos.
“Vou te dar uma boa notícia: eu resolvi a sua vida. Eu o matei”, teria dito Souza, conforme relato da empresária aos investigadores do Departamento Estadual de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP). A informação foi publicada pela Folha de São Paulo.
Após tomar conhecimento do assassinato, Frigo manteve segredo da confissão. No depoimento, a socialite alega medo para justificar o silêncio. A empresária afirmou que foi ameaçada e que Souza teria dito “que mataria os filhos da investigada se dissesse alguma coisa”.
Conforme consta no depoimento, Frigo teria questionado Souza imediatamente: “Você está louco? Por que você fez isso?”, teria dito. “Dei um tiro nele. Matei porque estava me devendo”, teria respondido Souza, conforme o relato.
Frigo é apontada como a mandante do assassinato de Vitor e teria oferecido R$ 200 mil a Souza para cometer o crime . Ela está presa desde 29 de junho e, em um primeiro depoimento, negou que foi informada do crime. O corpo da vítima foi encontrado no dia 18 de junho, em uma região de mata fechada perto da Represa Guarapiranga, na Zona Sul de São Paulo.
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Depois que soube do assassinato, Frigo seguiu a vida normalmente. Ela chegou a reunir amigos para comemorar o aniversário em um restaurante badalado de São Paulo para comemorar seu aniversário em 20 de junho deste ano, quatro dias após o namorado ser morto.
O advogado Celso Vilardi, que representa Frigo, disse que não pode dar detalhes sobre o depoimento. No entanto, argumenta que Souza tinha problemas com a vítima e interesse em assumir seu lugar . A empresária bancava uma vida de luxo à Vítor.
“No fundo, eles [Souza e Jacinto] estavam disputando quem iria fazer as operações de compra e venda de várias coisas. A história dele [Souza] não é verossímil em relação à questão de pagamentos, de valor para matar, porque estava ganhando muito mais do que isso”, disse, em entrevista à Folha.