Eva Maria, mãe de Lázaro Barbosa de Sousa, ainda tem esperança que o filho se entregue. Conhecido como serial killer do DF e foragido há mais de duas semanas , ele é suspeito de assassinar quatro pessoas da mesma família em Ceilândia, no Distrito Federal.
A mãe, de 51 anos, diz não ter condições de contratar um advogado para Lázaro. Ela e os parentes dizem que gostariam de auxiliar em possíveis negociações entre ele e a polícia . Até o momento, as autoridades não destacaram qualquer conhecido do acusado para atuar nessa tarefa.
Mesmo sem condições, Eva diz que conta com a ajuda de um profissional de Brasília, que se dispôs a colaborar com a negociação. Novamente, pediu que o filho se renda. Para ela, sua prisão seria a melhor solução. Desde os assassinatos em Ceilândia, Eva e o marido se mudaram para o interior da Bahia por conta de perseguições.
"Está muito difícil. Não tenho cabeça para nada. Não consigo viver mais. Para mim, a vida acabou", desabafou.
Ela conversou com o filho apenas uma vez após o ocorrido. "Ele entrou em contato uma vez, por telefone. Eu estava muito nervosa e perguntei para ele: 'Cadê a mulher [Cleonice, que estava desaparecida, à época]?'. Ele disse 'Não sei. Não está comigo'. Depois, não falou mais nada e desligou, quando falei para ele que meu telefone estava rastreado", contou.
A ligação feita à mãe pelo fugitivo ocorreu de um número desconhecido, segundo ela. Mesmo assim, ela tentou retornar as ligações, mas o filho não a atendeu mais.
Esse foi o último contato entre Lázaro e os familiares desde o início das buscas, em 9 de junho. A mãe conta que, por conta da perseguição de pessoas querendo fazer justiça com as próprias mãos, a família tem trocado de telefone e endereço com frequência.
Eva Maria morava com o marido, com quem é casada há 13 anos, em Águas Lindas (GO) e trabalhavam como caseiros em uma chácara. Atualmente eles sobrevivem à base de doações. Muitos conhecidos se afastaram depois que descobriram a ligação familiar entre Eva e o foragido.
"Estamos em um lugar onde não há emprego. Mas, por medo, não estou procurando agora. Recebemos ajuda de algumas pessoas, só que é difícil, porque, aqui (onde a família está), todo mundo é muito pobre", contou.
-Com informações do UOL