Policiais civis fazem na manhã desta quinta-feira (22), mais uma operação para combater a maior milícia do Estado do Rio, que é chefiada pelo paramilitar Wellington da Silva Braga , o Ecko , e atua na Zona Oeste da capital e também na Baixada Fluminense. Investigadores estão nos municípios de Seropédica e Itaguaí.
O principal matador da milícia de Itaguaí foi preso: Gil Jorge Santos de Aquino Júnior , conhecido como “ Da Cova ”. A ação é mais uma fase da força-tarefa criada pela Polícia Civil para combater o crime organizado na Baixada e permitir uma "eleição livre" na região. Até o momento, cinco pessoas já foram presas e levadas para sede da Polinter,na Cidade da Polícia, no Jacarezinho, na Zona Norte.
Segundo as investigações, Da Cova é o braço direito do também paramilitar Danilo Dias Lima, o Tandera, que chefia o grupo criminoso que atua em Nova Iguaçu. O narcomiliciano, também conhecido como “Cova Rasa”, de acordo com a Polícia Civil, atua no bairro de Chaperó, em Itaguaí. Júnior teria executado pelo menos 12 pessoas. Para a Civil, “Da Cova” reportava a Ecko todas as ações que fazia.
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"Essa prisão é muito importante porque ele é o líder da milícia de Chaperó e também o principal responsável pelas execuções. Ele matava desafetos e das pessoas que a milícia entende que tem que pagar com a vida por alguma razão. Essa é uma prisão importante feita pela Draco e pelo DGPE. Ele tem esse apelido por ser extremamente violento", diz o delegado Felipe Curi, titular do Departamento Geral de Polícia Especializada.
Além de cumprir mandados de prisão, os agentes estão em residências irregulares vendidas pela milícia e em comércios irregulares, como farmácias, lojas de roupas, restaurantes, e também em estabelecimentos que estariam lavando dinheiro para o grupo de Ecko.
"A ação de hoje é continuação de uma série de ações contra a milícia. Hoje, as especializadas estão em Seropédica e Itaguaí para cumprir mandados de prisão e asfixiar o braço financeiro desse grupo paramilitar que atua naquela região. Estamos coibindo e desarticulando centrais de TV a cabo, locais que vendem gás, água e cestas básicas irregulares, comércios que lavam dinheiro e atuam de alguma forma no fluxo financeiro", diz Curi, que complementou:
"A DPMA está em areais e ocupações irregulares que os milicianos atuam. A DRCPIM está em comércios piratas. São uma série de ações hoje. Todas as especializadas estão agindo para interromper o braço financeiro da milícia".