Cartaz de recompensa do líder do tráfico de drogas na Rocinha Johny Bravo
Disque Denúncia / Divulgação
Cartaz de recompensa do líder do tráfico de drogas na Rocinha Johny Bravo

A Polícia Civil e a Justiça apertaram o cerco a John Wallace da Silva Viana, o Johny Bravo. Apontado como sendo o principal suspeito de comandar o comércio de drogas na Favela da Rocinha , na Zona Sul do Rio, ele teve dois mandados de prisão temporária, expedidos em seu nome, pelo Tribunal de Justiça do Rio (TJ), nos últimos dias 3 e 8 de setembro. John tem ainda pelo menos outras duas prisões decretadas pelo TJ, incluindo uma preventiva por conta de uma condenação a seis anos de prisão por crime de tráfico.

Um dos novos mandados é fruto de um inquérito da Delegacia de Homicídios da Capital que apontou Jhony Bravo e outros 12 traficantes como responsáveis pela morte da atendente Ana Cristina da Silva, de 25 anos. Ela foi baleada quando protegia o filho, de 3 anos , e tentava embarcar em um carro, no Rio Comprido, no momento que bandidos rivais disputavam o controle do Complexo de São Carlos, no dia 26 de agosto.

O episódio ocorreu dois dias antes de Jhony Bravo, que cedeu armas e homens para a tentativa de invasão, comemorar seu 32º aniversário. Dos quatro inquéritos citados, que geraram os respectivos mandados de prisão, três são sigilosos e ainda estão com as investigações em andamento. O Disque-Denúncia ( 2253-1177) aumentou para R$ 30 mil a recompensa por informações que levem até a prisão do chefe do tráfico da Rocinha.

No fim de semana de 12 e 13 de setembro, John Wallace voltou a ser notícia. Ele foi flagrado por imagens feitas de um celular, sendo escoltado por cerca de 20 homens armados de fuzis, durante um deslocamento que fazia para ir a um baile na favela. O vídeo viralizou nas redes sociais, na terça-feira seguinte, e a repercussão desagradou ao chefe do tráfico da comunidade. Além de ter suspendido a realização de bailes por dois dias, ele pediu que seu homens avisassem aos moradores que o responsável pela filmagem seria identificado e penalizado com a morte.

Segundo as investigações da Polícia Civil, além do tráfico de drogas, Johny Bravo explora ainda negócios irregulares como a venda de sinal clandestino de tv a cabo, e a cobrança de taxas de motoristas do transporte alternativo.

De acordo com a polícia, Johny Bravo assumiu o controle do tráfico da Rocinha apos a prisão de Rogério Avelino da Silva, o Rogério 157, em 2017. Este último, era ex- homem de confiança de Antônio Bonfim Lopes, o Nem da Rocinha, que está preso em uma penitenciária federal e tentou retomar de 157 o controle do tráfico da Rocinha.

Procurado para comentar os novos mandados de prisão expedidos pela Justiça em nome de John Wallace, o advogado Marcos Freitas, responsável pela defesa do traficante, disse que vai aguardar para saber se haverá denúncia do Ministério Público nos inquéritos que geraram as temporárias. Sobre a prisão preventiva, o advogado esclareceu já ter recorrido ao Superior Tribunal de Justiça onde aguarda a revisão de um pedido de habeas corpus feito para seu cliente.

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