No início desta semana, um vídeo de agressão policial
novamente mobilizou as redes sociais entorno da discussão sobre a violência
das forças de segurança pública. O registro feito por uma moradora de Parelheiros, zona sul de São Paulo, mostra o momento em que polciiais arrastam uma mulher negra, de 51 anos, imobilizada e pisam no seu pescoço
. Dois meses depois do evento, a mulher concedeu entrevista ao Portal R7
e revelou o trauma com que convive por conta da brutalidade.
A mulher teve que realizar uma cirurgia na tíbia por causa da agressão, além de conviver com dores diárias causadas por hematomas nas costelas e no rosto. Ela foi violentada pelos agentes da PM quando tentou separar os policiais que agrendiam um homem na rua do seu bar no dia 30 de março - o vídeo só veio a público netsa semana.
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“O pior é o trauma psicológico porque quando vejo uma viatura policial já acho que serei agredida de novo”, conta. “Ele me deu uma rasteira, me jogou no chão, pisou no meu pescoço, meu rosto ficou todo machucado e me arrastou de uma calçada a outra", complementa.
A mulher ainda disse enfrentar problemas financeiros por causa do evento que espantou a clientela do bar. Grande parte dos moradores do bairro temem que novos crimes sejam cometidos pela polícia. As agressões registradas no vídeo começaram porque um homem estava com um carro estacionado em frente ao bar com o somalto. Os PMs abordaram diretamente o homem "quando percebi que o policial já estava espancando o rapaz", conta a mulher espancada.
Na tentativa de defendar o rapaz da agressão, a mulher também foi vítima. Depois de ser pisoteada pelo policial, a mulher foi colocada em um camburão, levada ao hospital para colocar gesso e teve que passar a noite no 101º DP (Jardim das Imbuias), depois ficou no 89º DP (Portal do Morumbi) até ser liberada.
O advogado da mulher acusa os policiais de tentativa de homicídio . “Quando um dos policiais pisa no pescoço dela e coloca todo o peso do corpo sobre ela, ele, no mínimo, assume o risco de matá-la", diz o advogado Felipe Morandini.