Defesa de policiais pediu liberdade, mas a Justiça negou.
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Defesa de policiais pediu liberdade, mas a Justiça negou.

A Auditoria de Justiça Militar denunciou seis policiais militares que trabalharam na Subsecretaria de Inteligência da Polícia Militar e que foram presos acusados de se passarem por policiais civis da Delegacia de Repressão aos Crimes contra a Propriedade Imaterial (DRCPIM) para extorquir comerciantes em bairros do Rio e na Baixada Fluminense. A denúncia de extorsão é referente ao caso de um dos comerciantes, que teria entregue R$ 12 mil para a quadrilha em uma caixa de sapato.

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Foram denunciados o tenente Victor Magnano Mangia, o sargento Roberto Campos Machado e os PMs Nacle de Souza Oliveira, Jeferson Rodrigues Batista, Pedro Augusto Martins Barreiro e Ivan Marques Cunha.

A defesa dos PMs pediu a liberdade, mas a Justiça negou. Segundo a Auditoria Militar , “a necessidade da custódia cautelar dos réus por conveniência da instrução criminal, que ainda se inicia, tornando-se imperioso concluir que, uma vez em liberdade, podem os acusados dificultarem a repetição das provas em sede judicial, influindo no ânimo das testemunhas que ainda irão depor em juízo ou obstruindo a obtenção de provas que podem a vir elucidar os fatos, inviabilizando, por conseguinte, eventual aplicação da lei penal militar”.

Segundo a Justiça, o PM Pedro Augusto Martins não respondia a outras investigações e estava em liberdade. O agente foi denunciado na investigação que aponta a extorsão do chinês Chen Zhengwu, em Madureira. Agora, o tribunal determinou que ele seja preso e responda às acusações na prisão.

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No fim de janeiro deste ano, Zhengwu prestou depoimento em uma audiência de acusação na Auditoria de Justiça Militar do Tribunal de Justiça e afirmou que o dinheiro foi entregue aos PMs na estação de trem de Madureira.

Segundo o empresário, os policiais foram à loja em Madureira e exigiram R$ 30 mil para não apreenderem as mercadorias. No entanto, ele disse que não tinha, e ofereceu R$ 15 mil. No fim, conseguiu juntar R$ 12 mil – valor que, segundo ele, foi entregue na estação de trem.

Além de Chen Zhengwu, outros quatro comerciantes das Zonas Norte, Oeste e Baixada Fluminense também relataram em juízo que tiveram que pagar “um arrego” aos PMs.

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Também estão presos pelo crime o sargento Guttemberg Dantas da Silva e a cabo Leslie Cristina Duarte Rocha. Todos estão, desde novembro, na Unidade Prisional da Polícia Militar, no Fonseca, em Niterói.

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