Treze telefones celulares e sete chips apreendidos com o miliciano e ex-capitão da PM Adriano Magalhães da Nóbrega, no último dia 9, no município de Esplanada, no Norte da Bahia, já estão em poder de promotores do Grupo de Atuação Especial de Repressão em Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público do Rio de Janeiro. O material que passará por uma perícia foi enviado pela Secretaria de Segurança baiana, no dia 11 de fevereiro.

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Identidade falsa usada pelo ex-capitão Adriano apreendida na Bahia
Divulgação
Identidade falsa usada pelo ex-capitão Adriano apreendida na Bahia

O exame vai esclarecer, entre outras coisas, se o ex-capitão do Batalhão de Operações Especiais da PM do Rio, morto no dia 9 após trocar tiros com homens do Bope baiano, contava com alguma espécie de rede de proteção que o ajudou circular, por quase três anos, entre os estados da Bahia e de Sergipe. O resultado da perícia também vai revelar com quem o ex-caveira conversou nos últimos dias que antecederam sua morte.

A Polícia Civil do Rio praticamente não tem conversas grampeadas do miliciano, já que para não ser rastreado, Adriano costumava usar a rede wi-fi para fazer ligações, além de trocar constantemente de chip. Nesta terça-feira, o MInistério Público da Bahia ingressou na Justiça daquele estado com um pedido de antecipação de provas. Os promotores solicitaram que um novo exame cadavérico seja feito no corpo do ex-oficial do Bope carioca.

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O pedido inclui que o exame revele a direção que os projéteis percorreram no interior do corpo, o calibre das armas utilizadas para fazer os disparos responsáveis pela morte e a distância aproximada entre os atiradores e Adriano. Caso a medida seja atendida, o Instituto Médico-Legal do Rio de Janeiro ficaria responsável pela conservação do cadáver, até a elaboração do exame.

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As questões levantadas pelo MP não foram respondidas na primeira necrópsia feita no corpo de Adriano, ainda no Instituto Médico Legal de Alagoinha, na Bahia. O pedido do MP foi feito após o juiz do 4o Tribunal do Júri do Rio, Gustavo Kalil, ter revogado todas as decisões que haviam sido tomadas em relação a Adriano no processo da Operação Intocáveis.

O magistrado decidiu pela revogação após ter julgado extinta a punibilidade de Adriano por sua morte. Com isso, ficaram sem validade decisões anteriores que haviam impedido a cremação do corpo de Adriano e também outra que havia determinado a conservação do corpo no IML do Rio.

A família de Adriano também deu entrada, na Justiça da Bahia, em um pedido para que possa ser feita uma nova necropsia no corpo de Adriano por um perito particular. Ainda não houve decisão para os pedidoa da família e do MP.

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