Segurança continuou imobilizando o adolescente mesmo após sua queda
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Segurança continuou imobilizando o adolescente mesmo após sua queda

A polícia investiga um caso de agressão que ocorreu neste domingo (8) na estação de metrô Tamanduateí , na capital paulista. Seguranças do metrô teriam abordado de forma agressiva um adolescente de 14 anos e imobilizando-o mesmo após ele ter caído no chão. Segundo nota da Secretaria da Segurança Pública (SSP), “o caso foi registrado como tentativa de furto, lesão corporal e abuso de autoridade”.

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Passageiros que estavam no local, gravaram cenas do ocorrido. Nos vídeos é possível ouví-los contestando a ação dos seguranças. O jovem ficou com ferimentos no braço, costas e pescoço. 

Em nota, o metrô informou que “a equipe de segurança foi alertada por uma passageira sobre um menor com atitude suspeita. Ao ser abordado o menor reagiu e os agentes precisaram contê-lo. Uma PM, que desembarcava no local, tomou conhecimento do fato e prestou auxílio aos agentes de segurança”.

A SSP explicou que o adolescente e os seguranças foram ouvidos e liberados. Segundo o G1 , os seguranças teriam afirmado em depoimento que o jovem era suspeito de furto, mas não souberam informar o que ele teria furtado.

Em contato com a reportagem do iG , o advogado e conselheiro do Conselho Estadual de Direitos Humanos, Ariel de Castro Alves, disse que foram apreendidos somente panfletos pedindo dinheiro para ajudar a família com o jovem. De acordo com Alves, o garoto foi levado para uma salinha na estação Tamanduateí, revistado e agredido pelos seguranças com tapas na cabeça.

"Eles queriam obrigá-lo a falar que ele estava com drogas e furtando sem ele estar cometendo nenhum ilícito. Uma PM estava na sala e teria se omitivo diante das agressões", disse Ariel.

"O metrô deveria fazer convênios com entidades sociais e órgãos públicos para ter profissionais capacitados para realizarem abordagens adequadas de crianças, adolescentes e adultos em situação de rua, trabalho infantil, mendicância e vendedores. E não deveriam continuar promovendo limpeza social por meio da violência de seus seguranças", acrescentou.

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A polícia solicitou as imagens das câmeras de segurança e encaminhou o adolescente para realizar exame de corpo de delito. O metrô explicou que está verificando se houve excesso na ação dos seguranças. As investigações continuam.

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