São mais de 40 mandados de prisão
Luciano Belford/Agencia O Dia
São mais de 40 mandados de prisão

A Delegacia de Homicídios da Capital (DH) realiza, desde as primeiras horas da manhã desta quarta-feira (24), uma megaoperação contra traficantes de Duque de Caxias envolvidos em diversos homicídios. Na Operação Madre II, como foi batizada, os policiais pretendem cumprir 44 mandados de prisão e 35 de busca e apreensão em comunidades do município da Baixada Fluminense e em regiões da Zona Norte do Rio de Janeiro. Até o momento cinco pessoas foram presas.

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Os mandados estão sendo cumpridos principalmente no Corte 8, Parada Angélica e Santa Lúcia, onde há muitas barricadas. Os traficantes dessas regiões são liderados pela quadrilha que age na Vila Cruzeiro, no Complexo da Penha, na Zona Norte da capital. Os alvos da megaoperação respondem por tráfico, associação para o tráfico, roubo e homicídio.

A quadrilha alvo da ação de hoje é liderada por Fábio Pereira de Souza, conhecido como Fabinho, que é o principal procurado. Daniel Rodrigues da Silva, o Boca Rosa, e Paulo Ricardo de Oliveira Gomes, o Rex, são os principais aliados de Fabinho na região.

De acordo com as investigações, Fabinho é o responsável pelo abastecimento de drogas, enquanto Rex e Boca Rosa comandam as comunidades, controlando a distribuição de drogas e o lucro obtido da venda delas. Rex e Boca Rosa também orientam os demais integrantes da quadrilha sobre o posicionamento de "olheiros" e "radinhos", que avisam da chegada de policiais à região.

"As investigações apontaram a prática de associação para o tráfico de drogas, com a utilização de roubos e prática de diversos homicídios como meio de disseminar o temor e exercer o domínio sobre a população local", destaca o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado do Ministério Público estadual (Gaeco/MPRJ), afirmando que todos os denunciados são da facção criminosa Comando Vermelho (CV).

Morte de PM

Um dos presos na operação
Luciano Belford/Agencia O Dia
Um dos presos na operação

As investigações do caso começaram após a conclusão do inquérito do assassinato do sargento da PM Douglas Fontes Caluetê, em 7 de junho de 2018. O militar morreu quando foi reconhecido como policial durante um assalto em Gramacho. Na ocasião, a mãe do agente, Maria José Fontes, 56, morreu ao ver o corpo do filho.

Pouco menos de um mês depois, a Delegacia de Homicídios da Baixada Fluminense (DHBF) prendeu quatro envolvidos no crime, que são da quadrilha do Complexo da Mangueirinha, em Caxias, outra comunidade da região sob domínio do mesmo grupo. Um deles é Luiz Philipe Rocha Marins, conhecido como Tilu, que teria participação direta no homicídio. Na época, a operação para a prisão dos suspeitos foi denominada Madre, em homenagem à mãe do policial morto.

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A partir de então, a DH identificou vários outros crimes praticados pela mesma quadrilha. Um deles foi o homicídio de Diogo Henrique de Souza, em 7 de outubro de 2018. Segundo as investigações, quem matou Diogo foi o Rex. A ação de hoje também conta com policiais da DHBF, da Delegacia de Homicídios de Niterói e São Gonçalo (DHNSG) e da Coordenadoria de Recursos Especiais (Core).


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