Frequentemente o noticiário mostra ações espetaculares de combate ao crime, executadas por forças policiais de elite internacionais, como a SWAT americana, a GSC-9 alemã, a RAID francesa, a Sayeret Matkal israelense ou a Alpha Group russa. O que poucas pessoas sabem é que no Brasil também possuímos um grupo de Policiais aptos a executar as mesmas missões: o COE - Comandos e Operações Especiais.
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Ao ver na televisão a ação de Policiais de outros países, salvando vidas e neutralizando criminosos e terroristas, sentimos uma sensação de alívio e confiança. Mas não precisamos buscar heróis fora do Brasil. Os Operadores do COE , que arriscam suas vidas em missões complexas e de alto risco para salvar vidas inocentes, usam no seu informe a bandeira do Estado de São Paulo.
Se você não conhece o COE, faz parte da grande maioria da população. Uma das características mais marcantes desses Policiais Militares é atuar com extrema discrição e sigilo. Em função disso, e da camuflagem digital para selva do seus uniformes, esses homens são verdadeiros fantasmas verdes.
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Nesta semana foi lançado um livro de arte intitulado: “COE - Comandos e Operações Especiais”, com mais de 160 páginas, que retrata com precisão quem são os PMs deste Batalhão, e ao mesmo tempo traz ao conhecimento da população uma parte do incrível trabalho de segurança pública desenvolvido por esta Tropa.
“O grande mérito deste livro é trazer à nossa consciência que não precisamos buscar heróis em outros países, temos os nossos aqui mesmo no Brasil”, diz o Major PM Luíz Augusto Pacheco Ambar, autor deste livro e responsável pelas suas extraordinárias imagens. Ele é um fotográfo premiado, com vários livros de arte publicados, todos no padrão "para deixar na mesa da sala de estar". Veja abaixo alguns deles:
- “ Choque - Missões Singulares ”,
- “ 2º Choque – Honra, Fibra, Vitória ”,
- " Centaurus Dressage "
- " Polícia Ambiental "
- “ Choque ”
O Major Ambar possui uma qualidade que poucas pessoas tem. O mesmo dedo treinado para puxar o gatilho de uma arma para aplicar a lei e proteger pessoas inocentes, aperta o botão do obturador de uma máquina fotográfica e produz arte.
“Como Policial Militar, tenho um diferencial que me dá uma vantagem sobre meus colegas fotógrafos: acesso a locais e situações que poucos possuem, seja em treinamentos ou em operações reais. Isso me permite capturar imagens que são difíceis de ser registradas e transmitir a intensidade dessa realidade tanto do ponto de vista do ineditismo como da possibilidade artística”, declara Ambar.
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Os Caveiras
O COE é composto por uma restrita irmandade de Operadores conhecidos como “Caveiras”, em função de terem conquistado o privilégio de usar no seu uniforme o cobiçado emblema mundial das unidades de Comando: um crânio perfurado por um punhal. Enganam-se os que interpretam isso como um culto à violência.
Durante a Segunda Guerra Mundial, o crânio humano foi o símbolo da infame e cruel tropa nazista SS. Quando os Comandos britânicos invadiam e tomavam uma base alemã da SS, geralmente encontravam um crânio humano real na sala do comandante, usado como um troféu de terror e de poder absoluto sobre a vida.
Os ingleses imediatamente cravavam seu punhal de combate para simbolizar a vitória da justiça e dos valores humanos contra o crime e a selvageria. Desde então, a maioria das unidades de Comandos de todo mundo, usam o crânio perfurado por um punhal como seu emblema.
Os Caveiras do COE paulista atuam em crises de segurança pública, cuja complexidade e periculosidade exigem treinamentos, equipamentos e procedimentos diferenciados. Esses Policiais Militares são habilitados a operar por terra, ar e mar, em ambientes urbanos e rurais, desenvolvendo suas missões de dia e de noite, em qualquer tipo de clima e terreno, tanto em situações que exigem respostas rápidas, como em operações planejadas.
Tenho o privilegio de conhecer vários Operadores do COE, e de acompanhar de perto a forma legalista e apaixonada com que eles desenvolvem suas missões. O livro do Major Ambar demonstra que esses Policiais Militares são motivo de orgulho para os brasileiros, e que merecem nosso respeito e reconhecimento.
Em qualquer lugar do mundo os Caveiras do COE seriam tratados como heróis, no nosso país isso não pode ser diferente. Selva!