Mágino Alves Barbosa Filho, Secretário de Seguraça Pública do Estado de São Paulo
Secretaria de Segurança Pública do Estado de São Paulo
Mágino Alves Barbosa Filho, Secretário de Seguraça Pública do Estado de São Paulo

Nesta segunda-feira (19), os dirigentes do Sindicato das Empresas de Asseio e Conservação no Estado de São Paulo (SEAC-SP), um forte sindicado com mais de 350 mil filiados, tomaram a iniciativa de convidar o Secretário Mágino Alves para fazer uma demonstração sobre a situação da segurança pública paulista, em face ao caos instalado no Rio de Janeiro.

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"O sindicato sempre promove debates de assuntos relevantes, não só para nossa categoria, mas também para a população em geral. Ficamos empolgados com as melhorias e os números da segurança que o Doutor Mágino mostrou, e satisfeitos por saber que São Paulo está na contramão do Rio de Janeiro", afirma Rui Monteiro, presidente da SEAC-SP.

“A presença do Mágino Alves no nosso evento é de extrema importância para garantir tranquilidade para nossos funcionários. Vemos o que acontece no Rio de Janeiro e ficamos preocupados. Depois da saúde, a nossa grande preocupação é com a segurança pública. Por isso chamamos o Secretário para tranquilizar a todos e garantir a continuidade do bom trabalho realizado no Estado", diz Carlos Guimarães, vice-presidente da SEAC-SP.

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Mágino é o homem responsável pela segurança de 46 milhões de paulistas e tem sob seu comando direto uma formidável força de combate ao crime composta por 119 mil Policiais Militares e Civis. Mesmo com a pesada crise econômica dos últimos anos, as estatísticas apresentadas pelo Secretário de Segurança são impressionantes. Os principais índices de criminalidade do estado de São Paulo continuam em queda, incluindo os de homicídios, latrocínios, roubos e furtos veículos, roubos a bancos, roubos em geral, explosão de caixas eletrônicos e sequestros.

Gaudencio Torquato, Rui Monteiro, presidente da SEAC-SP, Mágino Alves Barbosa Filho, Secretário de Seguraça Pública do Estado de São Paulo e Carlos Guimarães, vice-presidente da SEAC-SP
SEAC
Gaudencio Torquato, Rui Monteiro, presidente da SEAC-SP, Mágino Alves Barbosa Filho, Secretário de Seguraça Pública do Estado de São Paulo e Carlos Guimarães, vice-presidente da SEAC-SP

Leia abaixo alguns dos pontos de vista do Secretário. Ao ser indagado sobre a segurança de São Paulo e a intervenção do Exército no Rio de Janeiro, Mágino usou seu conhecido estilo franco, didático e direto.

Declarações de Mágino Alves:

“Em 2001, morreram 13.133 pessoas vitimas de homicídio no estado de São Paulo. De lá para cá, em função das politicas e medidas que o governo Alckmin tomou para combater o crime, esse número está caindo consistentemente para 3.503 em 2017. Isso posiciona São Paulo com um índice de homicídios de 7,5 vítimas a cada 100 mil habitantes, enquanto que a média do Brasil é mais do que o triplo: 27. Já a cidade de São Paulo apresenta um índice 6.10 homicídios por 100 mil  habitantes em 2017, enquanto o de Miami é de 11.57, Washington, 16.15 e Chicago, 24.07”

“Me perguntaram se acho correta a intervenção no Rio de Janeiro. Minha resposta é: sim. Um remédio amargo que precisa ser aplicado. Quando o governador Pezão, comandante das forças Policiais cariocas, é o primeiro a aderir à ideia da intervenção, anunciando sua momentânea incapacidade de suprir a segurança dos seus cidadãos, é evidente que há a necessidade da intervenção do poder central do País. Discutir agora se precisa ou não precisa é perda de tempo.”

“Tenho certeza que as Forças Armadas vão exercer as atribuições que lhe foram conferidas pelo decreto de intervenção de forma adequada, e irão resolver este problema. Conheço o General Braga, ele é um homem sério e um comandante competente. Estou seguro que ele irá executar a tarefa que lhe foi dada de forma absolutamente adequada.”

“A intervenção militar por si só não irá resolver definitivamente o problema da criminalidade descontrolada. Temos que fazer um investimento maciço em equipamentos sociais para sair dessa situação, que não é restrita apenas ao Rio de Janeiro. O Nordeste também vive o mesmo problema.”

“Segurança Pública e Polícia são remédios, mas o que nosso país precisa é de vacina para evitar a doença. Temos que melhorar nossa educação, serviços sociais, saúde, moradia, de forma que a população retenha uma retribuição justa pelos impostos que paga com tanto sacrifício. Veja o caso das UPPs, as Unidades de Polícia Pacificadora cariocas. Uma ideia muito interessante, mas executada com apenas a presença ostensiva da Polícia nas comunidades, sem a contrapartida social. Um projeto que poderia ser vitorioso, mas redundou no fracasso."

“Não existe o risco de bandidos cariocas migrarem para São Paulo. Isso não vai acontecer. Já houve várias ocupações simultâneas de comunidades no Rio de Janeiro e a fuga dos criminosos não foi para o nosso estado. E desta vez isso também será igual. Estamos monitorando todos os movimentos, e estamos à disposição das autoridades do Rio de Janeiro e do Comando Militar do Leste. Eu garanto que este tipo situação não vai existir em São Paulo.”

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