Nesta terça-feira (5), a Polícia Militar Ambiental desarticulou uma quadrilha responsável por adulterar e distribuir anilhas falsificadas no Vale do Paraíba, interior do Estado de São Paulo. Dois suspeitos foram presos.
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De acordo com a Polícia Militar Ambiental a ocorrência começou em Taubaté. "Nossos homens estavam fazendo uma fiscalização de rotina de criadores de aves na região. A gente faz esse tipo de trabalho para checar as situações de cativeiro. Dentro de uma residência acabamos encontrando anilhas adulteradas em alguma espécies", aponta o Capitão Medina.
O dono dessa casa revelou para os PMs que tinha comprado as anilhas adulteradas de suspeitos que faziam esse comércio ilegal em São José dos Campos. "Com base nessas informações, nós montamos uma equipe para fazer buscas na cidade vizinha. Quando chegamos no local apontado, um suspeito tentou fugir, mas foi rapidamente dominado. Com ele encontramos 8 anilhas", revela o Capitão.
No local que funcionava como sede da quadrilha, os PMs encontraram 111 anilhas falsificadas, equipamentos utilizados na fabricação e adulteração, dois revólveres calibres .32 e .44 e uma pistola 9mm. O Policiais também apreenderam 25 aves.
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Segundo os suspeitos, as armas, que não tinham registros, eram usadas para a segurança da casa. "O dono da casa era monitorado pela Polícia Federal. Esses suspeitos, não dá para afirmar com certeza, mas devem além de vender anilhas falsificadas, vender também os pássaros com essa identificação falsa. Na casa tinha aves com e sem anilhas falsas", finaliza o Capitão Medina.
As anilhas são selos públicos, semelhantes a anéis, que contém uma numeração única, que identificam as aves criadas em cativeiro com autorização do IBAMA. As anilhas são fornecidas exclusivamente pelo órgão federal aos criadores autorizados, na ocasião do nascimento e são colocadas nas pernas das aves recém-nascidas. Além de configurar crime federal, adulterar ou tentar colocar anilhas em uma ave adulta pode lesionar de forma irreversível a perna do animal.
Todos os envolvidos e o material apreendido foram encaminhados à delegacia da Polícia Federal. Os dois indivíduos permanceram presos à disposição da Justiça. As aves serão reabilitadas antes de serem devolvidas ao habitat natural. O criador de aves que deu origem a ação também vai responder pelos crimes.
Participaram da operação os Cabo Sidney, Soldado Nunes, Cabo Leandro, Cabo Aroeira, Cabo Malavazi, Cabo Cristian e Soldado Bruno. Os Policiais apreenderam aves como o corrupião, coleira do brejo, sabiá una, sanhaço frade, azulinho, sabiá coleira, pintassilgo, cardeal, bicudo, azulão, coleira papa capim, canário da terra, trinca ferro, graúna e papagaio.
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