A Polícia Militar Ambiental de São Paulo conseguiu nesta quinta-feira (30) fechar mais dois locais utilizados para a fabricação de balões na capital paulista. Com isso, já chega a 25 o número de fábricas clandestinas interditadas por ações da corporação somente neste ano.
A nova ofensiva da Operação Caça Balão foi deflagrada nas zonas norte e leste de São Paulo em endereços ligados a grupos que eram alvos de investigação desde o início de 2017, conforme explicou o Major Davi, coordenador operacional do 1º Batalhão da Polícia Militar Ambiental .
"O setor de inteligência fez um levantamento usando as redes sociais e acompanhou os grupos de baloeiros até identificar onde ficavam as fábricas. Foram levantados esses dois pontos e, a partir disso, a gente passa para a patrulha ostensiva para fechar o local", explicou o Major.
As apurações indicaram que os dois locais de produção de balões pertenciam a grupos diferentes, sendo o maior deles sediado em um endereço residencial na Vila Ré, zona leste paulistana. Lá foram apreendidos um balão pronto, medindo aproximadamente 15 metros de altura, além de maçaricos, suportes, parafina, e diversos outros materiais utilizados para a fabricação de balões.
De acordo com o Major Davi, os artigos encontrados no local seriam suficientes para a produção de, "ao menos", mais três balões de grande porte.
Duas pessoas responsáveis pelos apetrechos foram detidas e receberam multa no valor de R$ 15 mil cada uma. Os suspeitos foram indiciados por descumprimento ao artigo 42 da Lei de Crimes Ambientais, que prevê pena de um a três anos de prisão.
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Já na outra fábrica, localizada na Vila Bancaria Munhoz, bairro da zona norte, foi encontrada ampla variedade de materiais para a confecção de balões, tais como folhas de seda, fitilhos, bancada e uma boca de balão. Um indivíduo foi conduzido à delegacia da Polícia Civil e recebeu multa de R$ 5 mil. Ele também poderá ser condenado a cumprir pena de um a três anos de prisão.
Perguntado se o fechamento das fábricas clandestinas configura o maior êxito possível para os Policiais Militares Ambientais no combate à soltura de balões, o Major Davi ressaltou que essa vitória é, na verdade, de toda a população paulista.
"Fechar fábricas de balões equivale a dar mais segurança para toda a população de São Paulo. O balão tem a possibilidade de causar incêndios, acidentes numa avenida ou rodovia movimentada, e riscos para a aviação. Quando você fecha duas fábricas, você colabora para que os nossos voos sejam mais seguros. A vitória não é da Polícia, é da sociedade", destacou o Major.
Segundo o coordenador operacional do 1º Batalhão da Polícia Militar Ambiental, a corporação já conseguiu evitar a soltura de centenas de baões desde o início do ano: foram 25 fábricas fechadas e 192 balões prontos apreendidos antes de subirem aos céus.
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