A Guarda Civil da Espanha descobriu nos últimos dias que uma grande coleção de mais de 1.000 animais foram alvos da prática de taxidermia, técnica utilizada para conservar animais mortos preenchendo o corpo com algodão e materiais sintéticos. Entre os bichos apreendidos, estão um elefante, uma chita e um leão.
A força policial espanhola revelou que o transporte privado de taxidermia é um dos maiores já encontrados na Europa e vale 24 milhões de libras no mercado negro.
Segundo as autoridades, havia 405 animais de espécies protegidas e pelo menos um espécime extinto que faziam parte desta prática.
Os animais foram encontrados em um galpão próximo à Valência, na costa sudeste da Espanha. O armazém possui mais de 50.000 metros quadrados e fica na cidade de Bétera. No local, uma chita, um leão e um urso polar foram algumas das espécies raras encontradas.
Além deles, a coleção também incluiu o órix cimitarra, também conhecido como órix do Saara – um antílope branco, considerado extinto em 2000 pela União Internacional para a Conservação da Natureza.
Segundo uma nota da polícia divulgada ontem (10), o dono do armazém está sob investigação por contrabando e crimes contra a proteção da flora e fauna. Ainda não foram feitas prisões.
A polícia disse: 'Na próxima fase da operação, os agentes passarão a analisar toda a documentação fornecida pelo autor para justificar a posse das referidas peças.'
Segundo o jornal britânico Metro, a descoberta foi feita após uma investigação da Equipe de Proteção à Natureza da Polícia de Valência, que começou em novembro de 2021.