Agentes da Delegacia de Proteção ao Meio Ambiente (DPMA), da Polícia Cilvil, prenderam na segunda-feira, em flagrante, um homem que tinha em sua propriedade, em Nilópolis, na Baixada Fluminense, uma cobra píton amarela (também conhecida como píton birmanesa albina), animal raro.
A píton não é nativa do Brasil e é considerada pelo Ibama como animal silvestre exótico, oriundo da Ásia e África. São proibidas a importação e a criação do réptil, à exceção de casos autorizados pelo órgão de fiscalização ambiental.
No Brasil, uma serpente filhote costuma ser comercializada por cerca de R$ 3.000, enquanto um animal adulto da espécie chega a custar R$ 15.000. A píton amarela, que não é venenosa, pode chegar a 10 metros de comprimento e a pesar 80 quilos. É considerada uma das maiores serpentes constritoras (ataca se enrolando e esmagando as presas) do mundo.
O albinismo é uma condição de natureza genética em que há um defeito na produção pelo organismo de melanina. Este defeito é a causa de uma ausência parcial ou total da pigmentação dos olhos, pele e pelos do animal. Solto na natureza, geralmente sobrevive por pouco tempo, já que, por não conseguir se camuflar, torna-se presa fácil.
Em dezembro do ano passado, duas cobras píton se enroscaram numa das pernas do biólogo Wanderley Rodrigues, no serpentário do Instituto Vital Brazil, em Niterói, na Região Metropolitana do Rio. Como está acostumado a alimentá-las, o especialista não se apavorou. No fim, Wanderley e as cobras saíram ilesas.
"Fiquei tranquilo, pois todos aqui do serpentários somos treinados para esse tipo de situação. Sabia que, se fizesse força, a cobra poderia apertar mais. Ficou tudo bem no final. Eu e a cobra estamos bem!", contou Wanderley.