Fachada do Templo de Satã
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Fachada do Templo de Satã

A igreja não-teísta Templo de Satã causou revolta em muitos cristãos norte-americanos ao ser reconhecida oficialmente pela Receita Federal dos Estados Unidos como um religião oficial. A congregação, que já foi tema de documentário, no entanto, não reúne adoradores do anjo caído Lucífer e nem mesmo anti-critãos.

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 Apesar do nome ameaçador, o Templo de Satã é, na verdade, um movimento ativista que luta pelo respeito à liberdade individual, pelo estado laico e por justiça social. Os diretores da congregação, inclusive, só buscaram o "título" oficial de religião na Receita Federal como forma de protestar contra a não-taxação das igrejas no país.

Essa não é a primeira vez que uma congregação de protesto consegue se tornal legalmente uma igreja. O Pastafarianismo, ou Igreja do Monstro do Espaguete Voador , criada nos Estados Unidos como forma de protestar o ensino do criacionismo na escola, já é reconhecida em países como Austrália, Nova Zelândia e Holanda.

O Templo de Satã andou pelo mesmo caminho e acabou sendo reconhecido em abril deste ano. Os fundadores da religão garantem que, apesar do simbolismo, a figura do diabo não é alvo de adoração por parte dos membros. Na verdade, o grande objetivo da congressão é "pregar" a paz e a empatia independente da .

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"A missão do Templo de Satã é encorajar a benevolência e a empatia entre todas as pessoas, rejeitar a autoridade tirânica, defender o bom senso prático e a justiça, e ser guiado pela consciência humana", diz o manifesto da religão .

"Os satanistas e aliados do Templo Satânico se opõem aos monumentos religiosos colocados em propriedades públicas e a isenção de impostos para igrejas", continua o documento, que ainda revela que é contra ao ensino de pseudociências baseadas em religião, à restrições no direito reprodutivo das mulheres e à discriminação de minorias por motivos de fé.

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Ao conseguir seu status de religão junto ao governo norte-ameriano, o Templo de Satã ainda está protegido pelas leis contra intolerância religiosa do país. Mesmo assim, a congregação segue  alvo de protestos de igrejas cristãs mais tradicionais. "Blasfêmia não é liberdade de expressão", argumenta a Igreja Batista de Westboro, uma das mais polêmicas congregações cristãs dos Estados Unidos.

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