Um grupo de tráfico humano, que mantinha escravas sexuais em resorts na Espanha, foi descoberto pela polícia. De acordo com o portal “Daily Mail”, a rede abordava mulheres nigerianas – em campos de refugiados – e alegava ter “jogado feitiços de vodu” contra elas, dessa forma, as coagia à escravidão.
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Cerca de 25 suspeitos foram presos, dentre eles, uma mulher que alega ser a líder do grupo, responsável por usar botes de refugiados para transportar as mulheres da África até a Europa. Se aproveitando das crenças das nigerianas, o grupo inventava que havia jogado feitiços contra elas, e com medo do argumento ser verdade, elas se submetiam à situação.
Com operações sofisticadas, eles conseguiam transportar as vítimas para o Níger e para a Líbia, para depois colocá-las na chamada “rota mortal de refugiados” até a costa da Itália. A partir do país da península itálica, as autoridades acreditam que a gangue administrava o tráfico sexual entre as cidades espanholas de Málaga, Valência e Benidorm, em hotéis de luxo.
De acordo com a polícia, os membros da gangue levavam as mulheres diretamente para Madrid, onde eram registradas como refugiadas . Depois disso, elas eram colocadas para atuar como prostitutas sem a interferência da polícia.
Por conta disso, as investigações só começaram quando duas mulheres imploraram por ajuda, na capital espanhola, para oficiais da imigração. Obrigadas a viver em apartamentos controlados pelos traficantes, cerca de 16 refugiadas eram forçadas a se prostituírem durante muitas horas do dia, e após a descoberta, foram libertadas.
Tráfico de pessoas na Inglaterra
No Reino Unido, outra gangue de tráfico humano foi descoberta em abril deste ano. Segundo a "BBC", acredita-se que oito mulheres foram levadas da Romênia até a Inglaterra , onde eram forçadas a atuar como prostitutas.
Oito traficantes foram presos, e segundo Mark Vaughton, da Polícia de Lancashire, "essas prisões são a última fase de uma longa investigação sobre a atividade de uma quadrilha da Romênia, que trafica mulheres para o Reino Unido para prostituí-las".
"A escravidão de mulheres não é algo confinado à história. Isso ainda acontece nos dias atuais e esta acontecendo na Inglaterra", Vaughton pontou em entrevista à "BBC".
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