A identidade do assassino em série “Jack, o estripador” pode, finalmente, ter sido revelada. Segundo pesquisadores, um diário encontrado parece ter pertencido ao misterioso serial killer da época vitoriana, na Inglaterra.
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Anteriormente, muitas identidades foram apontadas como possíveis de “ Jack, o estripador
”. Contudo, faltavam provas que realmente ligassem o nome aos crimes. Contudo, o mistério poderá ser resolvido depois da descoberta do diário de James Maybrick, um comerciante de algodão do século 19, originário da cidade britânica de Liverpool.
O diário foi publicado em 1993, mais de cem anos depois de sua morte. Segundo uma reportagem do “The Telegraph”, nas centenas de páginas, Maybrick confessa a autoria em assassinatos brutais de cinco mulheres no East End de Londres, bem como uma prostituta em Manchester.
“Entrego meu nome para que todos saibam de mim. Então, a história dirá o que o amor pode fazer a um cavalheiro. Sinceramente, ‘Jack, The Ripper’”, assinou o comerciante, no final do diário, de acordo com o mesmo portal.
A confusão sobre o diário
A pessoa responsável por tornar o diário de Maybrick público foi Mike Barrett, que também morreu antes que pudesse explicar exatamente a origem dessas memórias – o que fez com que muitas pessoas acreditassem se tratar de um documento falsificado. Porém, um grupo de especialistas liderado por Bruce Robinson afirma que existem evidências que sugerem que o diário é genuíno e que descreve, sim, os assassinatos infames.
De acordo com um novo livro publicado, o diário teria sido descoberto em uma antiga residência de Maybrick. O comerciante de algodão morreu em 1889, um ano depois dos assassinatos de Whitechapel . Em março de 1992, foi realizada uma reforma em sua casa, conhecida como “Battlecrease House”. No mesmo dia, Mike Barret teria afirmado a um agente literário que “possuía o diário do famoso serial killer britânico”.
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Contudo, a falta de provas de que seria realmente um material original – não apenas inventado, levantou a desconfiança de muitas pessoas. Agora, algumas planilhas descobertas – que comprovam que os trabalhadores estavam realmente na casa no mês de março de 1992, mesmo dia em que Mike Barrett
conversou com o agente literário – tapam alguns “buracos”.
Na época, muitos críticos afirmaram que o diário era apenas uma “invenção elaborada a partir de notícias da época”, enquanto outros reconheciam que apenas o verdadeiro assassino poderia ter conhecido os detalhes que o diário revela.
“As novas evidências [planilhas] de que, em 9 de março de 1992, o diário foi realmente removido das tábuas do chão de onde era o quarto de James Maybrick, em 1889, anula quaisquer outras considerações quanto à sua autenticidade”, diz Robert Smith, quem publicou a obra em 1993.
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“Ele não era alfabetizado e a ideia de que teria sido capaz de produzir uma falsificação tão sofisticada e credível não é nem remotamente plausível”, defende Smith.
Agora, o mistério pode ficar um pouco mais próximo da solução... Ou não. Para Robert Smith, entende-se que James Maybrick é o autor mais provável do diário. Contudo, se ele foi realmente o misterioso “Jack, o estripador”, a resposta não será tão simples. “É um suspeito principal, mas as disputas acerca da identidade do Estripador podem muito bem continuar por mais um século”, finaliza.