O que cada um faz entre quatro paredes não é da conta de ninguém, mas é preciso ter alguns limites. Principalmente quando se coloca a saúde em risco. Mas, certamente, essa não foi a preocupação de um italiano que foi parar no hospital depois de ter introduzido um copo no ânus e não conseguir retirá-lo de jeito nenhum.
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Depois de realizar a “manobra arriscada” para obter prazer sexual, o sujeito, que teve sua identidade preservada, tentou retirar o utensílio de vidro do ânus , mas, acidentalmente, a força e a maneira que ele escolheu para fazer isso acabaram provocando um problema maior ainda: a quebra do objeto.
Sem conseguir remover os cacos do copo, que tinha medidas de 8 centímetros por 6 centímetros, o italiano azarado começou a se preocupar. Porém, a vergonha de contar o que estava acontecendo aos médicos era maior do que o medo e ele demorou dois dias para procurar ajuda médica.
Quando finalmente deu entrada em um hospital, sua queixa principal não foi a dor - aliás, ele afirmou não sentir nenhum incômodo na região enquanto o utensílio ficou preso -, mas sim os prejuízos que os pedaços de vidro poderiam causar em seu corpo.
No hospital
Nos exames de raio-x os médicos puderam confirmar a história do italiano. Era possível ver o contorno do copo nitidamente “travado” na região do reto, com o lado inferior voltado para cima, conforme afirmaram os profissionais ao BMJ Case Reports.
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Ao perceber a gravidade do caso, o homem foi imediatamente transferido para a ala de operações, com pedido de urgência para a realização de cirurgia.
O procedimento consistiu em dilatar o reto do paciente para ampliar a passagem de um dispositivo para examinar o local. Com esse instrumento, os fragmentos mais afiados conseguiram ser extraídos, e o restante foi expulso do corpo usando fórceps.
Depois, uma nova inspeção adicional foi feita, porém a equipe da cirurgia não encontrou nenhum outro fragmento de vidro.
O paciente se queixou de dor abdominal após a operação, sugerindo que nem todos os pedaços haviam sido retirados, mas os médicos não encontraram mais peças em seu corpo, e em três meses ele finalmente estava recuperado.
Copos, garrafas, celulares...
Apesar de parecer improvável, esse tipo de prática não é exclusiva do italiano. Basta fazer uma pesquisa rápida na internet para encontrar muitos outros casos de gente que introduziu diversos tipos de objetos no ânus.
O copo acaba sendo apenas um entre tantos outros artefatos. Há casos de garrafas, brinquedos sexuais, vegetais, canetas, potes de margarina, embalagens de desodorante, celulares e até animais - como uma enguia! – encontrados no reto das pessoas.
"Geralmente, os pacientes que introduzem objetos estrangeiros no reto tentam recuperá-los por causa da vergonha e constrangimento em pedir ajuda médica, mas a maioria falha nessas tentativas e, eventualmente, acaba aparecendo na sala de emergência”, afirmou a equipe médica que atendeu o homem.
No entanto, é preciso chamar a atenção para os danos que essas atitudes podem causar à saúde, como um trauma ano-retal, infecções, inflamações ou outras complicações mais sérias.
“A gestão desses pacientes requer uma atitude respeitosa e não condenativa por parte dos médicos e enfermeiros. Mas, antes da alta, os pacientes devem ser educados sobre os perigos potenciais desse hábito", disseram os profissionais de saúde.
Falar sobre os cuidados com essa região não pode ser um tabu. Ao passar por qualquer situação semelhante ou perceber problemas nas genitálias ou ânus é indispensável a busca por ajuda em alguma unidade de saúde o mais rápido possível.
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