Príncipe Andrew durante vigília na Catedral de St. Giles
Reprodução/BBC - 12.09.2022
Príncipe Andrew durante vigília na Catedral de St. Giles

O príncipe Andrew deixará a Royal Lodge, residência localizada no parque de Windsor, após receber notificação formal para encerrar o contrato de aluguel que até então lhe garantia direito legal de permanência no imóvel.

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Segundo o The Guardian, ele se mudará para uma acomodação privada em Sandringham, no condado de Norfolk, que será financiada de forma particular pelo rei Charles III.

O Palácio de Buckingham confirmou que Andrew também perderá todos os títulos, honrarias e o estilo formal de tratamento real.

A partir de agora, ele será identificado apenas como Andrew Mountbatten Windsor. A medida, de acordo com a agência PA, foi aceita sem objeções por parte do príncipe.

Em nota oficial, o Palácio declarou: “O Príncipe Andrew será agora conhecido como Andrew Mountbatten Windsor. Seu contrato na Royal Lodge até agora lhe dava proteção legal para continuar residindo lá. Foi entregue notificação formal para entrega do contrato e ele se mudará para acomodação privada alternativa. Essas medidas são consideradas necessárias, mesmo que ele continue negando as alegações. Suas Majestades deixam claro que seus pensamentos e solidariedade estão, e permanecerão, com as vítimas e sobreviventes de qualquer forma de abuso.”

Caso Epstein

Jeffrey Epstein
Reprodução
Jeffrey Epstein


A decisão ocorre após anos de repercussão negativa envolvendo as ligações de Andrew com o financista americano Jeffrey Epstein, acusado de tráfico sexual de menores.

Embora o príncipe negue as acusações de envolvimento em abusos, o Palácio considerou que houve “graves lapsos de julgamento” em sua conduta pública.

Epstein foi acusado de chefiar uma rede de exploração sexual entre 2002 e 2005, que vitimou dezenas de meninas em propriedades nos Estados Unidos e em uma ilha particular no Caribe.

O caso ganhou nova dimensão em 2019, quando o financista foi preso novamente e encontrado morto na prisão, em episódio classificado oficialmente como suicídio. Sua associada, Ghislaine Maxwell, foi condenada a 20 anos de prisão em 2022.

De acordo com o The Guardian, a medida de Charles foi tomada após consulta e apoio direto do príncipe de Gales, William.


Fontes próximas ao Palácio afirmaram que fatores privados, incluindo o bem-estar familiar, foram levados em consideração antes do anúncio.

Sarah Ferguson, ex-esposa de Andrew, também deixará a Royal Lodge e fará novos arranjos de moradia.

O rei determinou que o irmão receberá uma provisão financeira privada considerada adequada, sem detalhamento sobre outras fontes de renda.

A saída da residência e a retirada dos títulos consolidam o afastamento definitivo de Andrew da vida pública da monarquia britânica. Desde 2019, ele não exerce funções oficiais.

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