
As eleições legislativas de meio mandato na Argentina, realizadas neste domingo (26), registraram uma participação de 66% do eleitorado habilitado, de acordo com dados da CNE (Câmara Nacional Eleitoral).
O pleito renova 127 cadeiras da Câmara dos Deputados e 24 do Senado, e é considerado um termômetro sobre a aprovação do governo do presidente Javier Milei.
Veja mais: Milei vota nas eleições da Argentina sem falar com a imprensa
Às 15h, o percentual de comparecimento era de 41%, indicando que o ausentismo começou mais alto que em eleições legislativas anteriores.
Analistas afirmaram que o resultado final ficou abaixo de 70% do eleitorado por causa de fatores como a situação econômica e a fadiga eleitoral.
Em comparação com as legislativas de novembro de 2021, quando a participação total foi de aproximadamente 71%, o índice atual é menor.
Naquele ano, o pleito ocorreu em contexto de alta polarização política e após a pandemia, fatores que estimularam o comparecimento.
Neste ano, além da crise econômica — com mais de 50% da população abaixo da linha da pobreza — a ausência de renovação presidencial contribuiu para o menor engajamento.
Disputa na Argentina

As eleições definem o equilíbrio no Congresso para os próximos dois anos do governo de Milei. Seu partido, LLA (La Libertad Avanza), busca ampliar a bancada, atualmente minoritária, para aprovar reformas ultraliberais, incluindo privatizações e cortes fiscais.
Em setembro, eleições provinciais em Buenos Aires, o maior colégio eleitoral do país, registraram 63% de participação, com vitória da oposição peronista sobre a LLA de Milei, sinalizando desafios para o governo.
O presidente Javier Milei votou cedo em Buenos Aires e classificou a eleição como uma "batalha pela liberdade".
O resultado começará a ser divulgado a partir das 21h deste domingo.