Nos primeiros 15 dias de agosto, a Índia registrou várias ocorrências provocadas pelas f ortes chuvas que atingem o país. Ao todo, estima-se que os deslizamentos e as inundações já deixaram pelo menos 130 mortos, além de 200 desaparecidos e milhares de feridos.
O país está na chamada "temporada de monções", que vai de junho a setembro com chuvas muito fortes. Como a estrutura de vários bairros não é adequada para o grande volume de precipitações, os resultados são desastres que afetam milhares de pessoas.
Vídeos publicados nas redes sociais mostram o momento em que as enxurradas devastam o vilarejo de Chisoti, na parte de Caxemira administrada pela Índia. Outro registro, desta vez de Prayagaj, no estado de Uttar Pradesh, mostra uma família se locomovendo pela inundação.
Assista:
Deslizamentos na Caxemira
O caso mais recente ocorreu nesta quinta-feira (14), quando as chuvas destruíram o vilarejo de Chisoti, no distrito de Kishtwar, a cerca de 200 km de Srinagar, capital da parte de Caxemira administrada pela Índia.
À AFP, o coordenador dos serviços de emergência, Mohamad Irshad, disse que pelo menos 60 pessoas morreram e 200 estão desaparecidas. Uma grande cozinha improvisada, onde mais de 100 pessoas estavam reunidas, foi destruída pelo deslizamento de terra.
Militares e equipes da Força Nacional de Resposta a Desastres (NDRF) foram mobilizados. Eles levaram pás, escavadeiras, cordas e pontes improvisadas para tentar resgatar sobreviventes.
O ministro-chefe de Jammu e Caxemira, Omar Abdullah, afirmou que o estado segue com operações intensas de busca.
70 mortos em Dharali
O deslizamento em Chisoti veio poucos dias após outra tragédia na região do Himalaia. Logo nos primeiros dias de agosto, inundações atingiram a cidade de Dharali, no estado de Uttarakhand, e deixaram mais de 70 mortos.
Segundo o primeiro-ministro indiano, Narendra Modi, os desastres são provas de que "a natureza tem nos testado"
"Onde antes víamos eventos graves a cada alguns anos, agora temos múltiplas tragédias em menos de duas semanas", afirmou o primeiro-ministro.