
A Justiça da Argentina concedeu nesta terça-feira (17) prisão domiciliar para a ex-presidente Cristina Kirchner, condenada por corrupção.
Por ter mais de 70 anos, ela terá o direito a cumprir a pena em seu apartamento, mas terá que usar tornozeleira eletrônica.
A informação foi publicada pelo jornal argentino Clarín.
Na semana passada, a Suprema Corte argentina rejeitou recurso que tentava anular sua condenação a seis anos de prisão por corrupção e determinou a prisão da ex-presidente , estipulando um prazo de até 5 dias úteis para que ela se apresentasse.
Além dos seis anos de prisão, a sentença também determina inabilitação vitalícia para exercer cargos públicos.
A defesa de Kirchner, que tem 72 anos, entrou com pedido de prisão domiciliar, que foi deferida.
Além disso, a sentença desta terça ainda determina que a ex-presidente deverá "abster-se de qualquer comportamento que possa perturbar a tranquilidade do bairro e/ou perturbar a convivência pacífica de seus moradores".
E ela tem até 48 horas úteis para apresentar uma lista com nomes de familiares, policiais, profissionais médicos que a atendem regularmente e advogados que a representam para que possam acessar a sua residência, enquanto cumpre a pena.
Qualquer pessoa fora dessa lista precisará solicitar e justificar o acesso à Justiça.
A condenação
Cristina Kirchner foi condenada por administração fraudulenta em um esquema que favoreceu o dono de uma empreiteira. Ele venceu 51 licitações durante os mandatos da ex-presidente e também no período em que ela foi vice de Alberto Fernández.
Cristina Kirchner governou a Argentina por dois mandatos, entre 2007 e 2015. Mais tarde, foi vice-presidente durante o governo de Alberto Fernández, de 2019 a 2023.
Embora tenha sido acusada também de liderar uma organização criminosa, Cristina foi condenada apenas pela primeira acusação.
De acordo com o processo, o prejuízo aos cofres públicos foi de US$ 1 bilhão aos cofres públicos.