
Um ataque violento marcou a manhã do dia 27 de março, na praia de Talise, na cidade de Palu , localizada na província de Sulawesi Central, na Indonésia. Um crocodilo de água salgada , com mais de três metros de comprimento, atacou e matou um homem de 51 anos , identificado como Sadarwinata. O incidente provocou pânico entre os banhistas e chamou a atenção das autoridades ambientais e de segurança da região.
Segundo testemunhas, o ataque ocorreu por volta das 9h da manhã, quando o homem nadava tranquilamente em uma área rasa do mar. Pessoas que estavam na praia perceberam a aproximação do crocodilo e tentaram alertar Sadarwinata, gritando para que ele saísse da água imediatamente. No entanto, é possível que, por conta da distância ou do barulho das ondas, a vítima não tenha escutado os avisos a tempo.
O réptil se aproximou silenciosamente e, em poucos segundos, lançou seu ataque. Sadarwinata ainda tentou reagir, debatendo-se na água em um esforço desesperado para escapar, mas foi rapidamente dominado pelo animal. De acordo com os relatos, o crocodilo aplicou a temida técnica conhecida como “giro da morte” — um movimento giratório brutal utilizado para desequilibrar, imobilizar e despedaçar a presa.
Após o ataque, o crocodilo foi visto arrastando os restos da vítima pela água, com partes do corpo ainda na boca, deixando um rastro de sangue que tingia o mar próximo à costa. O cenário foi descrito como extremamente perturbador por quem presenciou a cena. Muitos turistas e moradores locais ficaram em estado de choque.
Equipes de resgate foram acionadas imediatamente após o ataque, mas já era tarde demais para salvar a vida de Sadarwinata. As buscas pelo corpo foram iniciadas na mesma manhã, com o apoio de pescadores locais, membros da polícia marítima e autoridades ambientais. Ainda não há confirmação se o corpo foi recuperado na íntegra, uma vez que o crocodilo retornou para a área de mangue após o ataque.
Crocodilos-de-água salgada (Crocodylus porosus) são os maiores répteis do mundo e estão entre os predadores mais perigosos do sudeste asiático e da Oceania. Esses animais podem ultrapassar os seis metros de comprimento e são conhecidos por sua agressividade e pela capacidade de atacar tanto em ambientes aquáticos quanto em áreas costeiras. Eles são comuns em regiões como a Indonésia, Filipinas, Papua-Nova Guiné e norte da Austrália.
Este não é o primeiro ataque registrado na região. As autoridades locais informaram que há registros anteriores de incidentes envolvendo crocodilos nas águas próximas a Palu, o que tem gerado preocupação entre moradores e turistas. Apesar disso, muitos ainda se arriscam a nadar em áreas onde há relatos da presença desses animais.
Em nota, as autoridades ambientais da província informaram que uma equipe de monitoramento será enviada à região para identificar o crocodilo responsável e avaliar o risco de novos ataques. A possibilidade de captura ou remoção do animal está sendo estudada, embora especialistas alertem que essa é uma tarefa extremamente difícil e perigosa.
“É um predador territorial. Quando encontra uma fonte de alimento, tende a permanecer na área. Precisamos agir rapidamente para evitar que outra tragédia aconteça”, afirmou um porta-voz da agência de conservação ambiental local.
A morte de Sadarwinata acende novamente o debate sobre a necessidade de reforço na sinalização de áreas de risco, campanhas de conscientização para moradores e turistas, além de medidas preventivas mais eficazes por parte das autoridades responsáveis.
A comunidade local lamenta profundamente a perda. Amigos e familiares da vítima relataram que ele costumava frequentar a praia de Talise nos finais de semana e que era uma pessoa tranquila e bastante conhecida na vizinhança. Uma pequena homenagem foi feita na praia por moradores no dia seguinte ao ataque, com flores sendo lançadas ao mar em sua memória.
As investigações sobre o incidente seguem em andamento, e novas medidas de segurança devem ser anunciadas nos próximos dias. Enquanto isso, as autoridades recomendam que a população evite entrar na água em áreas não supervisionadas e redobrem a atenção em locais conhecidos pela presença de animais selvagens.
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