O FBI anunciou nesta quinta-feira (2) uma mudança na direção da investigação sobre o ataque em Nova Orleans , confirmando que Shamsud-Din Jabbar , autor do ato que deixou 15 mortos, agiu sozinho.
A declaração foi feita por Christopher Raia, vice-diretor assistente da divisão de contraterrorismo do FBI, que afirmou: "Neste ponto, nós não temos conhecimento sobre mais ninguém envolvido neste ataque além de Jabbar".
Anteriormente, as autoridades indicaram que Jabbar poderia ter atuado em coordenação com outras pessoas, mas a análise de publicações nas redes sociais, dispositivos eletrônicos e entrevistas realizadas pela agência não identificou evidências de colaboração.
"Este foi um ato de terrorismo. Foi um ato premeditado e diabólico", afirmou Raia, classificando o ataque como inspirado pelo Estado Islâmico (EI).
Jabbar, um veterano do Exército dos Estados Unidos, teria gravado cinco vídeos online declarando apoio ao EI.
Em um dos registros, explicou que inicialmente pretendia atacar familiares e amigos, mas desistiu temendo que a cobertura midiática desviasse o foco da mensagem que queria transmitir sobre a "guerra entre os crentes e os descrentes".
Raia afirmou que Jabbar mencionou ter se alistado ao grupo terrorista durante o verão anterior no Hemisfério Norte.
O ataque, ocorrido em uma área movimentada de Nova Orleans, também gerou controvérsias entre autoridades locais. Liz Murrill, procuradora-geral da Louisiana, sustentou que há "múltiplas pessoas envolvidas" no incidente, em contraste com a posição mais recente do FBI.
Embora o FBI tenha concluído que não houve coordenação com terceiros, investigações continuam em andamento para determinar motivações mais amplas, incluindo possíveis conexões com organizações terroristas e influências ideológicas. Raia afirmou que o ato foi "premeditado", reforçando o caráter planejado do ataque.
Mais detalhes da investigação
A investigação também descartou um vínculo direto entre Jabbar e outros incidentes recentes, incluindo um ataque em Las Vegas.
Apesar de semelhanças como o uso de veículos alugados e explosivos, as autoridades não encontraram evidências que conectem os casos.
No entanto, levantou-se a possibilidade de Jabbar e outro suspeito, Matthew Livelsberger, terem sido veteranos da mesma base militar. Essa ligação, porém, não foi confirmada oficialmente pelo Exército.