Durante a cerimônia de nomeação de 21 novos cardeais na manhã deste sábado (7), o Papa Francisco foi visto com um hematoma roxo no queixo, o que causou curiosidade e preocupação entre os fiéis.
O hematoma foi causado por um acidente doméstico na sexta-feira (6), quando o pontífice bateu o queixo em uma mesa de cabeceira. A informação foi confirmada por um porta-voz do Vaticano e divulgada pelas agências Reuters e Associated Press.
Entre os nomeados está o brasileiro Dom Jaime Spengler, arcebispo de Porto Alegre e presidente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB).
Perfil do novo cardeal brasileiro
Dom Jaime Spengler, de 64 anos, nasceu em Gaspar (SC) e ingressou na Ordem dos Frades Menores em 1982. Ele cursou filosofia e teologia no Brasil e em Jerusalém, sendo ordenado padre em 1990. Posteriormente, concluiu doutorado em filosofia na Pontifícia Universidade Antonianum, em Roma.
Nomeado bispo auxiliar em 2010 pelo Papa Bento XVI, Spengler assumiu a arquidiocese de Porto Alegre em 2013, indicado pelo Papa Francisco. Ele foi eleito 1º vice-presidente da CNBB em 2019 e agora terá sua igreja titular em Roma, a San Gregorio Magno.
Com a nomeação, Spengler se torna um dos 122 cardeais aptos a votar em um eventual conclave, considerando que a regra da Igreja Católica estabelece idade máxima de 80 anos para tal. Além dele, o Brasil agora conta com oito cardeais.
Entre os novos cardeais, há representantes de diversos países, como Peru, Argentina, Chile, Japão, Filipinas e Sérvia. O número total de cardeais com menos de 80 anos ultrapassa o limite técnico de 120 estabelecido pela lei da Igreja, mas a situação é comum em pontificados recentes.
Dois cardeais atingirão a idade limite ainda em 2024, e outros 13 até o final de 2025.
Confira a lista completa dos novos cardeais:
- Angelo Acerbi, Núncio Apostólico
- Carlos Gustavo Castillo Mattasoglio, arcebispo de Lima (Peru)
- Vicente Bokalic Iglic, arcebispo de Santiago del Estero (Argentina)
- Luis Gerardo Cabrera Herrera, arcebispo de Guayaquil (Equador)
- Fernando Natalio Chomalí Garib, arcebispo de Santiago do Chile (Chile)
- Tarcisius Isao Kikuchi, arcebispo de Tóquio (Japão)
- Pablo Virgilio Siongco David, bispo de Kalookan (Filipinas)
- Ladislav Nemet, arcebispo de Belgrado (Sérvia)
- Jaime Spengler, arcebispo de Porto Alegre (Brasil)
- Ignace Bessi Dogbo, arcebispo de Abidjan (Costa do Marfim)
- Jean-Paul Vesco, arcebispo de Argel (Argélia)
- Dominique Joseph Mathieu, arcebispo de Teerã-Isfahan dos Latinos (Irã)
- Roberto Repole, arcebispo de Turim (Itália)
- Baldassare Reina, bispo auxiliar de Roma
- Frank Leo, arcebispo de Toronto (Canadá)
- Rolandas Makrickas, arcipreste da Basílica Papal de Santa Maria Maior
- Mykola Bychok, bispo de Melbourne dos Ucranianos (Austrália)
- Timothy Peter Joseph Radcliffe, teólogo
- Fabio Baggio, subsecretário do Dicastério para o Desenvolvimento Humano Integral
- George Jacob Koovakad, coordenador das Viagens Apostólicas
- Domenico Battaglia, arcebispo de Nápoles (Itália)