Conflito deixou mais de 300 mil civis mortos ao longo de mais de uma década de combates
Bakr ALKASEM
Conflito deixou mais de 300 mil civis mortos ao longo de mais de uma década de combates

O grupo rebelde Comando de Operações Militares afirmou que altos funcionários do regime de Bashar al-Assad estão se preparando para sair de Damasco , enquanto intensificam avanços estratégicos no país. A informação foi divulgada pelo porta-voz tenente-coronel Hassan Abdul Ghani , no sábado (7).  

“Um grupo de altos funcionários do regime e oficiais na capital, Damasco, está coordenando conosco para garantir sua deserção”, declarou o oficial. Ele acrescentou que isso gerou desconfiança entre líderes militares do regime, com acusações mútuas de traição e colaboração com os rebeldes. 

Até agora, mais de 300 mil civis foram mortos ao longo de mais de uma década de combates na guerra civil, segundo a ONU. Milhões de pessoas foram deslocadas, gerando uma crise humanitária na região.

Avanço rebelde

O Comando de Operações Militares, aliança rebelde formada há pouco mais de uma semana, tem demonstrado avanço rápido. Após capturar Aleppo na semana passada, os rebeldes tomaram Hama na quinta-feira (5) e afirmaram ter entrado em Homs no sábado (7). O avanço se dá ao longo da principal estrada que leva à capital Damasco, que está cada vez mais cercada.  

Do sul, outros grupos rebeldes lançaram uma ofensiva na sexta-feira (6) e já declararam ter alcançado “os portões” de Damasco. 

Entenda o conflito

A guerra civil na Síria , que já dura 13 anos, ganhou novos desdobramentos neste sábado (7), com os rebeldes Jihadistas da Organização para a Libertação do Levante (HTS) avançando em territórios controlados pelo governo de Bashar al-Assad . O grupo tomou a cidade de Homs , um ponto estratégico que conecta Damasco à costa mediterrânea, além de Sanamayn , a 20 km da capital, e a província de Suweida , próxima à Jordânia .

Esses movimentos ocorreram dias após a conquista da estratégica cidade de Hama e de Aleppo , a segunda maior cidade do país, marco inicial da ofensiva mais significativa desde o início do conflito. Em resposta, forças do Exército sírio recuaram, e milhares de soldados atravessaram a fronteira para o Iraque, conforme relataram autoridades locais.




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