O regime de Bashar al-Assad admitiu que combatentes entraram em Aleppo , cidade estratégica da Síria , em um novo confronto que resultou em dezenas de mortes. De acordo com o OSDH (Observatório Sírio de Direitos Humanos), 311 pessoas foram mortas desde a quarta-feira (27), incluindo 183 combatentes rebeldes, 100 soldados sírios e milicianos, e 28 civis.
A situação em Aleppo marca o primeiro reconhecimento público de uma invasão desde 2016, quando o controle da cidade foi restabelecido com o apoio da Rússia e do Irã.
A ofensiva, liderada pelo grupo Hayat Tahrir al Sham, ex-braço sírio da Al Qaeda, representa o maior desafio enfrentado por Bashar al-Assad nos últimos anos. A ação é um desdobramento de ataques iniciados na semana anterior e resulta em confrontos intensos com os militares sírios.
O Exército sírio afirmou que, apesar do bombardeio contínuo, os insurgentes não conseguiram estabelecer posições fixas na cidade. No entanto, o OSDH contradiz a versão, informando que os rebeldes conseguiram tomar a maior parte de Aleppo.
A escalada do conflito ocorre em um contexto internacional tenso, coincidindo com o cessar-fogo entre Israel e Hezbollah no Líbano, após dois meses de combates intensos.
A multiplicidade de frentes de batalha levou as Forças Armadas sírias a realizar uma operação de reimplantação para fortalecer as linhas de defesa e se preparar para um contra-ataque.
“A multiplicidade de frentes de batalha levou nossas Forças Armadas a realizar uma operação de reimplantação com o objetivo de fortalecer as linhas de defesa para absorver o ataque, preservar as vidas de civis e soldados e se preparar para um contra-ataque”, relatou o Exército.
Noroeste da Síria está sob ameaça
A província de Idlib, no noroeste da Síria, também está sob ameaça, com os insurgentes capturando a cidade de Maraat Al-Numan.
Desde o início da guerra civil na Síria, em 2011, o regime de Assad tem enfrentado desafios constantes.
A Rússia tem fornecido apoio aéreo desde 2015, enquanto o Kremlin considera os ataques rebeldes uma violação da soberania síria, defendendo a restauração da ordem constitucional no país.