Destroços de carros permanecem submersos na água em 31 de outubro de 2024, depois de inundações repentinas terem afetado a cidade de Alfafar, na região de Valência, no leste de Espanha.
AFP
Destroços de carros permanecem submersos na água em 31 de outubro de 2024, depois de inundações repentinas terem afetado a cidade de Alfafar, na região de Valência, no leste de Espanha.

Até esta quinta-feira (31), pelo menos 158 pessoas morreram pelas  inundações provocadas pelas chuvas torrenciais na Espanha . Boa parte das vítimas morava em  Valência , terceira maior cidade do país, especialmente na região sul.

O total de vítimas estava em 95 até o início do dia, mas subiu no fim desta manhã, de acordo com as autoridades locais ao jornal  New York Times . Além disso, ainda há dezenas de pessoas desaparecidas.

Segundo o ministro dos Transportes e da Mobilidade espanhol, Óscar Puente, ainda há corpos presos dentro de carros que foram atingidos pelas enchentes. Nesta quinta, ele disse que cerca de 80 km de  rodovias no leste do país estão seriamente danificadas e bloqueadas, em grande parte por veículos abandonados.

Além de Valência, outros municípios ao redor foram afetados. Em alguns deles, como Turís e Utiel, choveu o esperado para o ano inteiro.

Identificação das vítimas

Segundo os serviços regionais de socorro, foi iniciado o processo de identificação das vítimas.

"Podemos confirmar que foram encontrados alguns corpos", declarou inicialmente a jornalistas Carlos Mazón, presidente do governo regional de Valência. Ele acrescentou que as autoridades não podem dar mais detalhes até que as famílias das vítimas sejam informadas.

Fortes chuvas caíram nesta terça-feira em grande parte do leste e do sul da Espanha, onde foram registradas inundações que causaram interrupções no transporte ferroviário e aéreo, e deixaram sete pessoas desaparecidas.

As águas turvas invadiram as ruas do município de Letur, na província de Albacete (leste), arrastando automóveis, segundo imagens exibidas pela televisão espanhola.

Os serviços de emergência estavam em busca de seis pessoas desaparecidas devido às inundações repentinas na cidade, declarou a delegada do governo central na região de Castilla-La Mancha, Milagros Tolón, à emissora pública TVE.

"O problema mais importante é encontrar essas pessoas que estão desaparecidas", assegurou.

A polícia do município de L'Alcudia, na região de Valência (leste), indicou que também está procurando um caminhoneiro desaparecido desde o início da tarde.

'A ajuda vai chegar'

Mazón garantiu que os socorristas estão lutando para chegar às pessoas presas pelas inundações.

"As pessoas que estão agora mesmo paradas ou bloqueadas, saibam que a ajuda vai chegar e que, se não tiverem chegado, não é por falta de meios nem por falta de predisposição nem por falta de capacidade, porque a capacidade é total para poder conseguir acesso. Ainda é um problema de acesso", explicou.

O governo central espanhol anunciou que formou um comitê de crise que se reuniu na noite de terça-feira para avaliar as respostas à tempestade.

"Estou acompanhando de perto e com preocupação as informações sobre as pessoas desaparecidas e os danos causados" pela tempestade, escreveu no X o presidente de Governo, Pedro Sánchez, instando a população a seguir os conselhos das autoridades.

Doze voos que deveriam aterrissar no aeroporto de Valência foram desviados devido à intensa chuva e aos fortes ventos, informou o operador aeroportuário espanhol Aena. Outros 10 que deveriam sair ou chegar ao aeroporto foram cancelados.

O operador nacional de infraestruturas ferroviárias Adif anunciou a suspensão do serviço ferroviário na região de Valência "até que a situação se normalize".

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