Presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) durante Cúpula Virtual Extraordinária do BRICS
Ricardo Stuckert / PR - 21.11.2023
Presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) durante Cúpula Virtual Extraordinária do BRICS

O Brasil retornará à presidência do Brics a partir de 1º de janeiro de 2025, seis anos desde a última vez que assumiu o comando do grupo. A expectativa é que a liderança brasileira levante a discussão sobre temas como a reforma da "governança global" e o d esenvolvimento sustentável,  tópicos que também foram destaque ao longo deste ano durante o comando do G20.

Nesta semana, o Brics fará sua primeira reunião desde que foi ampliado. Agora, o grupo é formado por dez países, entre os quais Brasil, Rússia, China, África do Sul, Arábia Saudita e Emirados Árabes Unidos.

A cúpula acontecerá em Kazan, na Rússia . O presidente Luiz Inácio Lula da Silva tinha planos de participar pessoalmente, mas teve a viagem cancelada após um acidente doméstico. Com isso, o mandatário participará das reuniões via videochamada.

Segundo o Ministério das Relações Exteriores, os chefes de Estado deverão discutir temas como a entrada de "países parceiros", a crise no Oriente Médio e a cooperação política e financeira entre os membros.

Em 2025, com o tema "Fortalecendo a Cooperação do Sul Global para uma Governança mais Inclusiva e Sustentável", a liderança brasileira do grupo deverá levantar discussões como:

  • reforma das instituições de governança global;
  • promoção do multilateralismo;
  • combate à fome e à pobreza;
  • redução da desigualdade;
  • promoção do desenvolvimento sustentável.

O governo já decidiu que as ações relacionadas ao Brics serão concentradas no primeiro semestre do ano que vem, segundo o secretário de Ásia e Pacífico do Ministério das Relações Exteriores, Eduardo Paes Saboia.

Isso porque, no segundo semestre, o Brasil será a sede da Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP30), em Belém (PA).

Expansão do bloco

Conforme informado pelo Itamaraty, a cúpula deste ano vai focar na aprovação da criação da categoria de países "parceiros" do Brics - hoje em dia, pela norma vigente, o bloco conta apenas com países efetivos.

Organismos multilaterais costumam ter diferentes categorias para seus membros. Como Mercosul, por exemplo, que tem países membros e países associados.

No caso do Brics, segundo a diplomacia, há cerca de 30 países candidatos a "parceiros", entre os quais estão Cuba, Venezuela, Nicarágua, Argélia, Nigéria e Turquia.

Segundo Saboia, num primeiro momento, os países do Brics deverão decidir quais os critérios para que um país seja considerado "parceiro". E, depois, os países que se encaixam nesses critérios.

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