Coluna de fumaça provocada por bombardeios israelenses no sul do Líbano, em 23 de setembro de 2024
Jalaa MAREY
Coluna de fumaça provocada por bombardeios israelenses no sul do Líbano, em 23 de setembro de 2024

Novos  bombardeios israelenses voltaram a ser registrados no sul do Líbano e nas montanhas ao norte de Beirute nesta quarta-feira (25), resultando em ao menos 51 mortes e 220 feridos, segundo o ministro da Saúde do Líbano, Firass Abiad. Os ataques foram uma resposta a um míssil lançado contra Tel Aviv, interceptado pelas forças israelenses.

As cidades de Tebnine, Bint Jbeil, Ain Qana, Kesruan e Chouf foram algumas das mais afetadas. Na região de Kesruan, foguetes atingiram uma casa e um café, resultando em três mortes e nove feridos.

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O Exército israelense informou que as ações foram um "ataque de grande alcance" em resposta a um míssil disparado pelo grupo extremista Hezbollah.

Desde o início dos conflitos, o Exército israelense diz ter atingido dezenas de alvos do Hezbollah, incluindo armas e integrantes do grupo, como parte de uma retaliação a ataques anteriores. Um dos mortos confirmados é Ibrahim Muhammad Qabisi, comandante militar do Hezbollah.

Os bombardeios desta quarta (25)ocorreram após um dia após o Israel enviar mísseis onde acontecia o funeral de oito pessoas mortas em um bombardeio anterior.

A situação no Oriente Médio se agrava com relatos de que pelo menos 558 pessoas já morreram e 1.835 ficaram feridas nos ataques apenas na segunda-feira (23).

Em meio a essa escalada, o Papa Francisco descreveu a situação como "inaceitável" e pediu uma ação da comunidade internacional para deter os conflitos. Na Assembleia-Geral das Nações Unidas nesta terça-feira (24),  Lula e outros líderes mundiais pediram o fim do conflito.

Voos cancelados e mais

Os impactos dos ataques também afetaram a aviação, com o Aeroporto Internacional Rafic Hariri em Beirute cancelando pelo menos 40 voos. Companhias aéreas como Qatar Airways e Lufthansa suspenderam suas operações para o Líbano, embora as autoridades locais tenham decidido manter os voos ativos.

O governo israelense também busca retomar o controle do norte do país, uma área de onde milhares de cidadãos israelenses fugiram desde o início dos ataques do Hezbollah.

O grupo armado libanês, por outro lado, diz que só haver´s um cessar-fogo caso haja o fim do conflito em Gaza.

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