A escalada do conflito entre Israel e o grupo extremista libanês Hezbollah está gerando um clima de pânico entre a população do Líbano. Nesta uma segunda-feira (23), houve intensos bombardeios e alertas de evacuação foram enviados por telefone e mensagens de texto, com isso muitos libaneses estão em busca de áreas seguras.
Imagens nas redes sociais mostram um êxodo em massa de cidadãos do sul do país, levando a congestionamentos significativos nas principais estradas.
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Em uma declaração após os primeiros ataques, o porta-voz militar israelense, contra-almirante Daniel Hagari, recomendou que os moradores do Vale de Bekaa deixassem a região, acusando o Hezbollah de armazenar mísseis e drones em áreas civis. "O Hezbollah está colocando vocês em perigo. Colocando vocês e suas famílias em perigo", alertou.
Quando questionado sobre uma possível incursão terrestre no Líbano, Hagari afirmou que Israel tomaria "todas as medidas necessárias". Ele também se referiu aos moradores do norte de Israel evacuados após os confrontos, justificando que a ofensiva busca garantir sua segurança.
Na capital Beirute, onde ataques recentes resultaram na explosão de dispositivos de comunicação do Hezbollah, o medo é palpável. A agência de notícias Reuters capturou imagens de pais indo às escolas buscar seus filhos, reflexo da preocupação generalizada.
Um morador de Beirute, que preferiu não se identificar, relatou à agência Reuters que também recebeu telefonemas alertando sobre possíveis ataques. O Ministério da Saúde do Líbano informou que, após um amplo ataque aéreo israelense nesta segunda-feira, 182 pessoas morreram e mais de 727 ficaram feridas. Israel afirmou ter atingido mais de 300 alvos do Hezbollah, tornando este o ataque mais abrangente desde o início do recente conflito.
Os moradores das áreas afetadas receberam mensagens de texto e voz de Israel alertando sobre a iminência dos bombardeios. Este foi o primeiro alerta desse tipo em quase um ano de escalada de tensões entre Israel e Hezbollah, que ocorreu após uma intensa troca de fogo, quando o Hezbollah disparou cerca de 150 foguetes, mísseis e drones contra o norte de Israel em retaliação a um ataque israelense que resultou na morte de comandantes do grupo.
De acordo com o governo libanês, entre os mortos e feridos estão mulheres, crianças e profissionais de saúde.
O primeiro-ministro libanês, Najib Mikati, solicitou que a Organização das Nações Unidas (ONU) pressione Israel a parar a "agressão" contra o Líbano . Ele também denunciou um "plano de destruição" em curso pelo país vizinho para realizar uma “guerra de extermínio” contra o Líbano.
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