Nicolás Maduro e Edmundo González
Reprodução: Redes Sociais
Nicolás Maduro e Edmundo González

O Conselho Nacional Eleitoral (CNE) apontou a reeleição do atual presidente da Venezuela, Nicolás Maduro , nesta segunda-feira (29). As eleições foram realizadas no domingo (28). O anúncio ocorreu após mais de 80% das urnas serem apuradas. A oposição, no entanto, afirma que, na verdade, Edmundo González venceu com 70% dos votos.

Maduro terá um novo mandato de seis anos e ficará no poder até janeiro de 2031. Ele teve 51,2% dos votos, somando 5.150.092 votos, segundo o órgão eleitoral, que é alinhado ao presidente. O principal adversário, Edmundo González, teve 44,2%, totalizando 4.445.978 votos.

Após o anúncio, o presidente reeleito abraçou apoiadores em Caracas, capital venezuelana, ao som de uma música que dizia que ele era o “coração do povo”.

A vitória de Maduro representa a continuidade do chavismo no poder, que chegou em 1999 liderado por Hugo Chávez e após sua morte, em 2013, passou para as mãos de Maduro, que permanece na presidência até hoje. 

Nicolás Maduro e Edmundo González Reprodução: Redes Sociais
Nicolás Maduro e Edmundo González Reprodução: Redes Sociais
Com 12 horas de votação, urnas são fechadas na Venezuela para eleições presidenciais Redação GPS
Com 12 horas de votação, urnas são fechadas na Venezuela para eleições presidenciais Redação GPS
Maduro e Urrutia votam em Caracas Montagem/Reprodução
Maduro e Urrutia votam em Caracas Montagem/Reprodução
Edmundo González Urrutia pode derrotar Maduro Reprodução
Edmundo González Urrutia pode derrotar Maduro Reprodução


Oposição contesta

Com a vitória de Maduro declarada pelo CNE, a oposição contestou o resultado, alegando que González obteve 70% dos votos.

"Queremos dizer ao mundo que a Venezuela tem um novo presidente eleito e é Edmundo González Urrutia", disse a líder oposicionista María Corina Machado. "Espero que todos se mantenham firmes, orgulhosos do que fizemos, porque nos próximos dias vamos anunciar ações para defender a verdade”, completou.

Machado diz que oposição ganhou em todos os estados, o que daria a vitória a González com cerca de 70% dos votos contra 30% dos governistas.

"É a eleição presidencial com a maior margem de vitória", declarou ela.

Machado cita que teve acesso às atas, que são equivalentes a boletins de urna.

"Neste momento, temos mais de 40% das atas. Vou dizer algo a vocês: 100% das atas que transmitiu o CNE, nós as temos. Não sei de onde saíram as outras", disse a líder opositora. "Todas as que transmitiram, a gente as tem. E toda essa informação coincide. Sabe no quê? Em que Edmundo González Urrutia obteve 70% dos votos desta eleição, e Nicolás Maduro, 30% dos votos”, acrescentou.


Países questionam resultado

O secretário de Estado dos EUA, Anthony Blinken, afirmou que o país "tem sérias preocupações de que o resultados não refletem a vontade ou os votos do povo venezuelano".

O presidente do Chile, Gabriel Boric, disse que os resultados são "difíceis de crer".

"Do Chile, não reconheceremos nenhum resultado que não seja verificável", disse Boric.

O Brasil também não reconheceu a vitória de Maduro e solicitou à missão da ONU destacada na Venezuela e ao Carter Center que verifiquem a acusação da oposição.

Segundo a última pesquisa eleitoral, da ORC Consultores, realizada em julho, Maduro não iria se reeleger. González aparecia com 59,68% das intenções de voto, enquanto o atual líder venezuelano ocupava o segundo lugar, com 14,64%.

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