O presidente da Argentina, Javier Milei, foi alvo de uma série de manifestações durante sua visita à Alemanha. No último sábado (22), um grupo de manifestantes protestou em Hamburgo, onde chefe do governo argentino participou de uma homenagem promovida por uma fundação neoliberal ligada a lideranças e políticos de ultradireita.
O protesto foi organizado por membros da diáspora argentina e latino-americana, comunidades de esquerda e ONGs alemãs, em frente a um hotel.
Os grupos carregavam faixas com dizeres como "Miséria Neoliberal". Milei recebeu a medalha da Sociedade Hayek, que surgiu em 1998 para honrar figuras com ideias liberais na área econômica, inspiradas pelo economista austríaco Friedrich Hayek (1899-1992).
Nos últimos anos, a sociedade passou a ser criticada por ter membros do partido ultradireitista Alternativa para a Alemanha, levando alguns membros a deixá-la.
Centenas de pessoas pediram o cancelamento da entrega da medalha, afirmando que "Milei não é liberdade, é fascismo" e que a "Argentina não está à venda".
Os manifestantes denominaram junho como o "Mês anti-Milei", realizando protestos em várias cidades da Alemanha. Ainda no sábado, os grupos se reuniram em Berlim para um "festival da democracia".
Devido aos protestos, Milei encurtou sua estadia na Alemanha. Ele se encontrou no domingo (23) com o chanceler Olaf Scholz, mas o encontro foi breve.
Inicialmente, o presidente argentino seria recebido com honras militares e participaria de uma coletiva de imprensa com Scholz, mas optou por não falar.
Milei ficou chateado com porta-voz alemão
Além dos protestos, Milei também se sentiu ofendido pelo porta-voz do governo alemão, Steffen Hebestreit, que criticou o presidente argentino por seus ataques ao primeiro-ministro da Espanha, Pedro Sánchez.
Hebestreit classificou as declarações de Milei, que chamou a esposa do premiê espanhol, Begoña Gómez, de "mulher corrupta", como de "mau gosto".
Quer ficar por dentro das principais notícias do dia? Clique aqui e faça parte do nosso canal no WhatsApp