Nesta quinta-feira (18), os Estados Unidos exerceram seu poder de veto no Conselho de Segurança da ONU, bloqueando o pedido de reconhecimento do Estado Palestino como membro pleno da organização. A decisão norte-americana contrariou os esforços da Autoridade Palestina.
O pedido de reconhecimento como membro pleno foi apresentado pela Autoridade Palestina, que buscava alcançar uma posição oficial na ONU.
No entanto, os Estados Unidos argumentaram que a criação de um Estado Palestino independente deve ser resultado de negociações diretas e diálogos entre a Autoridade Palestina e Israel, rejeitando a possibilidade de que esse reconhecimento fosse obtido através de uma votação na ONU.
A votação ocorreu no Conselho de Segurança, onde eram necessários pelo menos 9 votos favoráveis dos 15 membros do Conselho para a aprovação do projeto.
No entanto, os Estados Unidos possuem poder de veto nesse órgão, e a votação foi bloqueada por sua decisão. O Reino Unido e a Suíça se abstiveram da votação.
Os palestinos têm buscado a adesão plena na ONU desde 2012, quando foram reconhecidos como um "estado observador". O desejo de se tornar um membro pleno visa possibilitar a participação em reuniões e ter voz nas decisões da organização.
A decisão dos Estados Unidos está alinhada aos interesses de Israel, que vê o reconhecimento de um Estado Palestino como uma recompensa ao que consideram atos de terrorismo. O ministro de Relações Exteriores de Israel, Israel Katz, expressou gratidão pelos EUA após o veto.
Por outro lado, o representante palestino, Ziad Abu Amr, lamentou a decisão dos Estados Unidos. Ele destacou que a resolução rejeitada teria oferecido ao povo palestino a oportunidade de buscar um estado independente através de meios diplomáticos e legais.
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